Eduardo Moraes: O galo pensava que o sol surgia para ouvi-lo cantar

Por Eduardo Moraes

Aristóteles, filosofo grego, já definiu o homem como um animal político. Lamentável que no processo eleitoral do nosso sindicato a chapa de oposição tenha desqualificado o debate optando pelas mentiras, calunia e escaramuças eleitorais. O conselho de Maquiavel poderia ser apropriado: “Precisando um príncipe utilizar bem o animal, deve tomar como exemplo a raposa e o leão: pois o leão não é capaz de se defender das armadilhas, assim como a raposa não sabe se defender dos lobos”. Deve, portanto, ser raposa para conhecer as armadilhas. Mas, também deve ser leão para espantar os lobos. Porém, não adianta ser raposa ou leão para enfrentar armadilhas e espantar adversários se o sindicalista não conhece suas próprias deficiências.

“Conhece-te a ti mesmo”, ensina o proverbio grego. Coube aos eleitores testar a primeira lição do ABC eleitoral analisando os pontos fortes e fracos do perfil dos candidatos, o que poderia garantir um melhor resultado, se avaliado as pessoas projetando sua personalidade e postura os valores, os comportamentos, a experiência, o respeito, a responsabilidade passada, os compromissos a serem assumidos e as ações realizadas no cotidiano. Sou arrogante, ou simples, preparado ou despreparado. Irado ou equilibrado, receptivo ou surdo, presunçoso ou modesto. Verborrágico ou conciso, correto ou desleal, companheiro ou egocêntrico e narcisista? A chapa 2 passou a ideia de saber tudo, de ser infalível como uma velha enciclopédia, ou seja, se comportou como um galo que pensava que o sol surgia para ouvi-lo cantar, arrogante e presunçoso.