O Papel do Farmacêutico

Pablos

Por Pablo Maciel e Ramon Pires 

“O papel do Farmacêutico no mundo é tão nobre quão vital. O Farmacêutico representa o órgão de ligação entre a medicina e a humanidade sofredora”. Assim definiu Monteiro Lobato logo que a profissão farmacêutica se consolidou na sociedade. E hoje, é possível ratificar a afirmação de Lobato.

O Farmacêutico a sociedade atual é muito mais que um elo entre a medicina e a cura das doenças nos humanos. Tão importante quanto o medicamento, podemos identificar também, o trabalho desenvolvido por este profissional no apoio ao diagnóstico das patologias. Imaginem como seria difícil chegar a um diagnóstico sem conhecermos as alterações fisiológicas e metabólicas do nosso organismo. Com o desenvolvimento dos mais diversos tipos de doenças, mais se exige do farmacêutico que atua nas análises clínicas, pois por detrás de um laudo está o empenho daquele que realiza as análises e interpreta os resultados. E é deste trabalho singular que surge o direcionamento do diagnóstico de inúmeras patologias.

Voltando aos medicamentos, o papel do Farmacêutico abrange muito mais que a produção de novas formulações ou o atendimento ao paciente no ato de dispensação. Embora possa parecer uma fala oportuna, não podemos nos desprender da lógica capitalista onde o consumismo é a bola da vez e no universo dos medicamentos a lógica não é diferente. Este panorama reforça a necessidade da atuação do Farmacêutico intervindo de forma decisiva na utilização segura destes produtos. Cabe ao Farmacêutico avaliar as prescrições, orientar os pacientes quanto ao uso correto e acompanhamento dos resultados, quer seja a cura ou alivio dos sintomas das doenças, bem como os efeitos e reações adversas, exercendo assim farmacovigilância.

Mais do que nunca, é necessário recuperar as funções desempenhadas pelos farmacêuticos tradicionais. Neste caso, voltar às práticas de outrora não significa voltar ao passado, mas resgatar a atenção ao ser humano e dar maior dimensão social ao trabalho. Assim, a presença do Farmacêutico nas Farmácias corresponde ao passo inicial para a consolidação destas, como estabelecimento de saúde. E neste ambiente dinâmico, novas discussões são propostas, como por exemplo, a prescrição farmacêutica que já é uma realidade em países como a Espanha, Portugal e Canadá, onde o modelo existencial da Farmácia não se configura na comercialização de medicamentos, mas sim, como prestador de serviços de saúde onde o paciente é foco do exercício profissional. Neste caso, o medicamento contribui, mas não é decisivo para a prevenção, promoção e recuperação da saúde.

20 de Janeiro – Dia do Farmacêutico. Temos muito a comemorar e muito a refletir. De modo especial sobre como podemos contribuir para a valorização da profissão que nos escolheu, ou que escolhemos para exercer!

Desejamos a todos Feliz Dia do Farmacêutico!!!

Pablo Maciel – Farmacêutico e Gestor da Assistência Farmacêutica do Município de Planalto

Ramon Pires – Farmacêutico da Farmácia Popular de Conquista e Preceptor de Estágios da Faculdade Independente do Nordeste


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