Seis presos foram mortos e outros sete feridos por detentos, nesta segunda-feira (28), durante rebelião na ala provisória do Conjunto Penal de Eunápolis, Extremo Sul da Bahia, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP). De acordo com o órgão, a rebelião começou durante uma revista no presídio, procedimento que é considerado rotineiro. Os internos que estavam no pátio da unidade, aguardando o fim da revista, agrediram os agentes e policiais militares que davam apoio ao procedimento. Com isso, foi solicitado o reforço a Companhia Independente de Policiamento Especializado Mata Atlântica (Caema) para controlar a situação.
Durante a rebelião, a Seap também contou com o apoio do 8º Batalhão de Porto Seguro, da 7ª Companhia de Eunápolis, e do 13º Batalhão de Teixeira de Freitas.“Cerca de 350 presos quebraram o pátio todo”, disse o comandante Cléber Santos da Silva, major da 7ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). O subcomandante da 7ª CIPM, Tiago Cruz, disse que, durante a revista, um policial efetuou disparo na perna de um detento. “Para resguardar a integridade física de agentes que tentavam fazer uma revista, o policial efetuou um disparo na perna de um detento”, afirmou. A Seap confirma a versão e diz que o tiro atingiu a perna do detento de raspão. O ferimento não foi grave, ele foi atendido e passa bem.
Cruz informa que, por volta das 17h30, a rebelião foi contida por cerca de 50 policiais. Ainda de acordo com o subcomandante, a ala onde ocorreu a rebelião foi totalmente destruída e queimada. Ele diz também que os seis presos mortos foram amarrados a colchões e queimados. De acordo com a SEAP, por conta da total destruição das celas, alguns internos serão transferidos e outros remanejados até que seja feita a reforma da unidade.
O Conjunto Penal de Eunápolis possui 587 presos e na ala onde ocorreu a rebelião havia 341 homens. A SEAP também informa que já solicitou a realização da perícia por parte do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e registrou a ocorrência na Delegacia de Polícia local para que sejam apuradas as autorias dos homicídios e a tomada de providências legais através do respectivo inquérito policial. Informações do G1.