A Corregedoria da Câmara abriu investigação contra mais um deputado federal suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. É o deputado João Luiz Correia Argôlo dos Santos, do Solideriedade. Youssef está preso desde o fim de março, acusado na Operação Lava-Jato de movimentar irregularmente R$ 10 bilhões. Na reportagem desta terça-feira (6), o jornal Folha de São Paulo diz que o doleiro Alberto Yousseff pagou de um a dois caminhões lotados de bezerros para o deputado Luis Argôlo, do Solidariedade da Bahia. O jornal afirma que teve acesso a mensagens trocadas entre Yousseff e L.A – que é o apelido do deputado segundo a Polícia Federal. Na conversa, Argôlo passa a conta bancária de uma pessoa e de uma empresa e pede o depósito de R$ 110 mil. E Yousseff responde: “Ok. Vou correr atrás para fazer. Beijo”. No gabinete, o deputado não foi encontrado e os assessores não informaram se ele está em Brasília ou na Bahia. Há quase duas semanas, o deputado Luiz Argôlo não registra presença em plenário. Já foi aberta uma investigação na Corregedoria da casa para apurar o suposto envolvimento dele com o doleiro. A corregedoria ainda não conseguiu notificar o deputado para que ele apresente a defesa. Só depois disso pode começar a análise para saber se há indícios de quebra de decoro parlamentar. O pedido de investigação foi feito pelo líder do PPS na Câmara. Nesta terça, ele pediu mais rapidez para o processo avançar na Corregedoria. “Já faz muitos dias, estamos tentando fazer com que ele receba a notificação. Ele se esconde, não é notificado. Então agora cabe à mesa publicar um ato e dizer que a partir de agora ele tem que apresentar a defesa”, afirma o deputado Rubens Bueno, líder do PPS (PR). Por e-mail, o deputado Luiz Argôlo disse que os diálogos atribuídos a ele são mentirosos e que jamais existiram. Informações do Jornal Nacional.
Brasília: Luiz Argôlo é investigado por envolvimento com Alberto Youssef
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