O instituto de pesquisa Datafolha anunciou domingo passado que a maioria dos brasileiros, praticamente metade (46%), declarou ter “nenhum interesse” pelos programas eleitorais gratuitos transmitidos pela televisão. A taxa atual só é menor do que a anunciada nas eleições de 1998, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disputava a reeleição, e chegou a 51%.
Isso é preocupante. Significa que esses eleitores estão praticamente à deriva e que não estão nem aí para os Projetos dos candidatos. Sobre essa indiferença diríamos que temos o dever de conhecer a todos, especialmente os históricos dos candidatos não conhecidos e, mais além, também temos que dedicar tempo na avaliação de desempenho dos que já são conhecidos. Desse modo, daremos provas de responsabilidade em relação aos importantes projetos da Nação que desejamos.
O eleitor precisa entender, definitivamente, que a vida social está nas mãos dos políticos e da Política. Os ingênuos desconhecem, mas isso é absolutamente real. Desde a saúde, passando por política salarial, estradas, programas habitacionais, política tributária, programas sociais, política econômica, segurança pública, política educacional, tudo, tudo na vida humana está submetida à Política.
Em qualquer circunstância e em qualquer função, somos regidos pela Política. Seja você funcionário público, industriário, empregado doméstico, comerciário, prestador de serviço autônomo, trabalhador rural, profissionais liberais, empreendedor individual, pequeno médio ou grande empresário, nada escapa das decisões dos políticos e da Política. Todos os segmentos, todos os seres humanos, em qualquer ambiente onde houver vida humana, estarão inescapavelmente submetidos à Política.
No momento atual, por exemplo, há propostas para rever a questão da Universidade Pública gratuita. Isso mesmo: Assessores de uma candidatura à presidência defendem o ensino superior PAGO para todo o Povo Brasileiro. Vejam o impacto de uma decisão dessa junto à Sociedade.
Outra candidatura brada aos quatro cantos que vai privatizar todo o Patrimônio do País. Imaginem a Petrobrás (que o candidato menciona) sendo privatizada. Qual seria o órgão regulador de preços de combustíveis no Brasil se a Petrobrás fosse privatizada? Oportuno lembrar que os investidores estrangeiros da Companhia há muito vem lutando por um “alinhamento de preços” a nível internacional. Como? Será que eles não sabem que o Povo brasileiro não tem o mesmo nível salarial de uma Holanda, uma Dinamarca, uma Finlândia ou Estados Unidos? É melhor ficar de olho e avaliar sem paixão ou ódio o que está sendo proposto pelas candidaturas. Deus salve o Brasil e nos livre dos enganadores!