Celino Souza
11 de setembro. Triste data para Vitória da Conquista e região. Não, não me refiro ao 11 de setembro de 2001, dos Estados Unidos, mas à mesma data, aqui mesmo, em 2013, quando, tal como “potentes aviões de papel”, guiados pelo Ministério Público Estadual, documentos judiciais atingiram em cheio o nosso orgulho, recomendando a imediata interdição do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima (CCCJL). O pedido de interdição a direção do Centro, por medidas de segurança, foi baseado em dois laudos do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Bahia (Crea-BA) e do Corpo de Bombeiros que apontam falhas em 34 itens de segurança. Dentre tantas, destacam-se como fiação exposta e extintores de incêndio vencidos. Além disso, segundo o MPE, “o Centro não oferece acessibilidade aos visitantes e que o projeto de incêndio de pânico contemplado”. A promotoria requereu, ainda, que fossem realizadas obras no Centro para sanar o problema. Um ano se passou e o palco que recebeu tantos espetáculos, tantos artistas, permanece vazio á espera de uma ação efetiva dos gestores da unidade. Diante do imobilismo crônico, só lamentos. Cortinas cerradas, cadeiras vazias e a cultura no estertor de um processo letárgico, como se ela mesmo – na visão do governo do Estado – fosse um ser capaz de autotrofismo, de gerar seu próprio alimento. Não há luzes acesas, nem aplausos. No LUTO, a LUTA. LUTO pelo Centro. Respeitem o nosso LUTO.
Uma Resposta para “11 de Setembro: Luto ao Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima”
RICARDO TELES
QUERO ME JUNTAR A CELINO NESSE MOMENTO DE TRISTEZA.
RESPEITEM O NOSSO LUTO.
FINALIZO COM UMA FRASE DE JOSEPH MURPHY:
“A vida se tornaria insuportável, se não nos proporcionasse mudanças.”