Saúde Pública: Marcação de exame via Prefeitura chega a demorar seis meses em Conquista

O vereador Cícero Custódio de Almeida (PV) surgiu na política pela sua dedicação à saúde infantil e herdou o nome da clínica onde milita: Cícero da Hospec. Apesar de ser um dos aliados ao prefeito Guilherme Menezes de Andrade, o verde abriu o verbo nesta sexta-feira (10) em críticas ao sistema da saúde pública da Capital do Sudoeste Baiano. Preocupado, o parlamentar disse que população que necessita de atendimento na rede pública enfrenta grande morosidade para conseguir atendimento laboratorial, vagas em hospitais, marcar exames e fazer cirurgias. “Além disso os hospitais contam com um grande fluxo de pacientes e até com déficit financeiro. Trabalho na saúde há muitos anos e antigamente víamos que era fácil marcar exames de laboratório, raio X, mamografia e ultrassonografia. Hoje tem a Central de Marcação de Consultas e demora seis meses para fazer uma auditoria sobre a situação do paciente, e acaba demorando cada vez mais”, disparou o edil em seu discurso. Ainda em sua fala, Cícero Custódio contou que a população conquistense tem reclamado da saúde pública, e que recentemente foi informado sobre o caso de uma senhora que esperou por três anos para fazer uma cirurgia de tireoide. Em seguida comentou que o irmão do vereador Adinilson Pereira Nascimento (PSB) ficou no corredor do Hospital Geral de Vitória da Conquista por 15 dias esperando atendimento, mesmo estando com câncer. “Temos que sentar com a secretária de Saúde para saber o que está acontecendo, porque talvez ela não esteja ciente de tudo que tem acontecido. Meu irmão está tentando uma cirurgia há um ano para minha sobrinha, e isso não pode acontecer com ninguém”. O parlamentar encerrou seu pronunciamento destacando a importância do reajuste da tabela SUS [Sistema Único de Saúde], o que considera fundamental para a melhoria do serviço de saúde, pois, segundo ele, os médicos esperam pelo reajuste há nove anos. “É preciso reajustar os valores, porque não é possível que esses profissionais ganhem hoje o mesmo que há tantos anos atrás”, completou. O Executivo ainda não se pronunciou sobre o assunto.