O que nós queremos…

Foto: Blog do Anderson
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Edwaldo Alves Silva 

Participei na manhã de sábado da caminhada de apoio à reeleição de Dilma Roussef à Presidência da República.  Uma multidão colorida e alegre serpenteou pelas principais vias do centro de Conquista. Todo tipo de gente, homens, mulheres, algumas crianças, e jovens, muitos jovens, centenas, barulhentos, com o entusiasmo físico que já tive na minha juventude. Um público muito especial: lideranças comunitárias, sindicais, os grupos de luta pela igualdade racial, trabalhadores agrícolas, mulheres com suas bandeiras, o povo colorido do LGBT, trabalhadores, estudantes, empresários, autônomos; sem dúvida, uma amostra real do povo de Conquista. À frente  o governador eleito Rui Costa, a senadora Lídice  da Mata, o prefeito Guilherme Menezes, os deputados Waldenor, Zé Raimundo e Fabrício, vereadores, líderes populares e políticos, caminhavam lado a lado, todos com o mesmo sentimento de prosseguir e avançar com as mudanças que têm transformado o Brasil, e particularmente o nordeste, bem  melhor.

Todos os partidos do primeiro turno presentes: PT, PCdoB, PTB, PR, PP, PSL, PSD e PDT; mas, sem dúvida, merece destaque a participação fundamental dos nossos companheiros e companheiras do PV e do PSB, este, comandado  pela presença marcante da sua presidente, a senadora Lídice da Mata. Todos formavam uma única corrente de entusiasmo.  Cada um estampava no olhar e no sorriso o sentimento de que o sucesso da caminhada era fruto da sua própria participação. Nas calçadas, portas das  lojas e nas janelas recebíamos muitas palavras e gestos de apoio e simpatia, e, alguns, manifestavam a sua preferência pelo outro candidato, o que era recebido como  legítimo e democrático direito à livre escolha.

              O mais importante é saber porque fomos às ruas, levar as proposta do nosso projeto de nação ao maior número possível de conquistenses.

              O quê queremos?

              Nós queremos que o Brasil continue com as transformações que têm reduzido a fome e a miséria absoluta que afligia a população mais pobre, fato que tem sido  reconhecido pelos mais sérios órgãos técnicos internacionais.

              Nós queremos a continuidade e ampliação dos programas sociais, como o BolsaFamília. Os adversários aecistas podem continuar denominando-o de Bolsa-esmola, não importa, sabemos que milhões de famílias saíram da pobreza absoluta por conta desse programa. Suas condicionalidades  diminuíram a evasão escolar, ampliaram  a vacinação de nossas crianças e também melhoraram os índices de assistência pré-natal às gestantes.

              Nós queremos a continuação dos projetos “Água para Todos” e “Luz para Todos”, da elevação real do Salário Mínimo e da garantia dos direitos dos trabalhadores. Sabemos da importância dessas diretrizes para o novo modelo de desenvolvimento que está sendo construído.

              Nós queremos cada vez mais o acesso dos jovens pobres, dos negros   à Universidade, queremos a continuidade da política de cotas, do Pró-uni, do FIES e do Ciências  Sem Fronteira.

               Nós queremos a manutenção das políticas de geração de empregos e de capacitação técnica e profissional, estimulando cada vez mais nossos jovens a adentrarem à universidade e participarem de cursos como o Pronatec.

               Nós queremos a preservação e ampliação das políticas de conquista de direitos de gênero, dos negros, índios e quilombolas,  de escolha sexual, das crianças e adolescentes, dos portadores de necessidades especiais, do fim da violência e da ampliação de Programas como “O Crack é Possível Vencer”.

                Nós queremos o fortalecimento do SUS como forma prioritária de melhorar os serviços públicos de saúde. Não nos importa a nacionalidade do profissional médico, louvamos a sua disposição de servir a população mais pobre e mais distante dos centros urbanos.

                Nós queremos que  os poucos  que, diante de nossa caminhada,  se manifestaram em favor do outro candidato continuem com esse direito democrático, tendo sua opinião pessoal acolhida pacificamente perante uma multidão.

                Nós queremos a continuação do combate enérgico e sistemático à corrupção. Não importa de qual partido, grupo ou de qual empresa. Nunca no Brasil tantos políticos poderosos, empresários e altos servidores públicos foram levados à barra dos Tribunais e muitos acabaram ou vão acabar na cadeia. Na minha luta política contra a ditadura militar passei pelas grades da Capitania dos Portos de Santos, pelo que denominavam “órgão clandestino da Repressão”, pelo DOI-CODI, pelo 4º Comando Aéreo, pela Delegacia do Cambuci, pelo antigo DEOPS e finalmente pelo Presídio do Hipódromo; como eu, muitos homens e mulheres foram presos e torturados, todos por motivos políticos ou sem nenhum motivo, nunca, mas nunca mesmo, presenciei um só, um só mesmo, preso por corrupção. Nos governos democráticos de Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique a prisão e a tortura por motivos políticos acabaram, mas a impunidade com a corrupção continuou livremente. Hoje, isso mudou. Queremos que presidenta Dilma continue não transigindo, que a Justiça seja mais ágil e  os mal-feitos continuem sendo apurados, julgados e punidos.

                 Nós queremos um plebiscito para convocar uma Assembléia Constituinte Exclusiva como é proposta dos movimentos populares e sociais e aceita pela presidenta Dilma. Precisamos mudar a estrutura política do Brasil ou correr o  risco do fortalecimento de entraves e contestações ainda mais sérias ao processo de mudanças iniciadas no Governo Lula e prosseguidas no governo Dilma.

                 Nós queremos que o Brasil continue como nação afirmativa no cenário mundial, que propugne pela paz e pela condenação das ações belicistas que agridem a autodeterminação e soberania dos povos, e, principalmente, pelo respeito a todas as nações, e que o Brasil não domine e nem seja dominado por nenhum país.

                 Nós queremos que não seja interrompido o processo de mudanças positivas que tem ocorrido no Brasil nos últimos anos. A vitória de Dilma é a melhor garantia para evitar o retrocesso e o retorno ao passado que tanto prejudicou o Brasil e o seu povo.

                 Nós queremos continuar merecendo  a confiança do eleitorado de Conquista que reelegeu o prefeito Guilherme Menezes no segundo turno de 2012. Foram 90.000 eleitores que renovaram o projeto municipal, que elegeram Rui Governador e no dia 26 de outubro ajudarão a decidir o Brasil que queremos.

                 O desafio é enorme, e, cada um e cada uma sabe  do seu papel e da sua participação. É nossa tarefa conquistar para a eleição de Dilma todos que confiaram no nosso projeto municipal e reelegeram Guilherme Menezes no segundo turno de 2012.

Edwaldo Alves Silva é filiado ao PT.

 


Uma Resposta para “O que nós queremos…”

  1. Luiz Carlos

    Você está correto, tem que garantir seu salario.
    Enquanto isso o Brasil esta afundando.
    como diz a musica dos Paralamas do Sucesso.
    “Eu me vali deste discurso panfletário
    Mas a minha burrice faz aniversário
    Ao permitir que num país como o Brasil
    Ainda se obrigue a votar por qualquer trocado
    Por um par se sapatos, um saco de farinha
    A nossa imensa massa de iletrados
    Parabéns, coronéis, vocês venceram outra vez
    O congresso continua a serviço de vocês”

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