Ao prefeito Guilherme Menezes de Andrade
Esta cidade de Vitória da Conquista
Encravada e arrodeada por um braço
[último braço da Serra Geral]
Tem lampejos brilhando ao longe
Com raios cintilando em meio ao cinza
Em manhãs como aurora boreal
Sobre pedras que os vulcões regurgitaram
E entre essas, aquela das maiores,
A que deram o nome de Pedral
Esta cidade de Vitória da Conquista
De ruas, avenidas e ladeiras.
De longe dá prá ver a Cabeceira
E a Jiboia em seu descanso matinal
Muitas ruas, das Flores, Juazeiro
A do Gancho, bifurcada na tipóia
Mais acima a dos Tocos e da Boiada
E da Corrente prá sair e prá chegada
Uns meninos de outrora na cidade
Se chamavam Marcelino e Ubaldino
Aqui viveram e aqui morreram,
Com a alegria de continuarem mais meninos
Na Cidade há de tudo [e mais um pouco]
Prá exigentes de outras freguesias
Mas não há como tirar ou descolar
A cidade está plantada na Bahia
Sua gente alvissareira, de bom vezo
Traz no ar o sorriso e os bons perfumes
Pelas sendas, veredas, vindo a lume,
De quem vive mais contente dia a dia
A cidade Vitória da Conquista muito antes de ser Vila Imperial
Já vivia o prenúncio de ser grande,
Nos bons tempos do pequeno Arraial
Seu patrono João Gonçalves, o da Costa
Imprimiu-lhe o amor no interior,
Feito o amor da grandeza litoral
E nos fez gostar como se gosta
Com o amor da beleza filial
Salve a cidade das rosas, “… tem mais brilho aqui o sol”
Receba nosso afeto Soberano,
Como o amor que tem em seus lares
E as luzes do teu límpido arrebol.
Paulo Pires
2 Respostas para “Vitória da Conquista: 174 Anos”
Mirian Simões
Muito emocionante ver esta antiga foto da atual Praça Tancredo Neves, antes chamada de Praça das Borboletas. É um sentimento forte que provoca arrepio e lágrimas. Esse tempo antigo provoca sentimentos inexplicáveis. Amo Vitória da Conquista de paixão.
Gel
Ao ” perfeito”??