Reginaldo de Souza Silva
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Como superar o atraso educacional do estado da Bahia? Vários sujeitos e instituições estão envolvidos com o PARFOR, enfrentando várias dificuldades: os municípios em manter a logística que garanta aos professores o acesso e frequência aos cursos de formação, assumindo, em nome de um regime de colaboração velado, responsabilidades com despesas da formação inicial, quando deveria ser compartilhada pela União e os Estados; as universidades em oferecer os cursos em polos fora de sua sede de origem, em conseguir professores com carga horária disponível para lecionar nos cursos (nem sempre os professores mais capacitados são os que participam dos referidos cursos); o IAT em saber qual a demanda real de formação de professores no Estado da Bahia e melhorar a articulação com os municípios; e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), distanciada e desconhecendo as dificuldades no funcionamento do programa. E, o mais grave, o jogo de transferência de responsabilidades pelas dificuldades de funcionamento, causando a morosidade no cumprimento e garantia do direito à formação inicial aos professores das redes de ensino. Leia o artigo na íntegra.
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Haverá solução? A entrega mais recente do Premio Nobel da Paz, pode estar sinalizando uma nova direção, a educação como um dos caminhos. Duas gerações se encontraram para dividir o premio. Na Índia, um defensor dos direitos da criança e do adolescente com 60 anos e, no Paquistão, uma menina de 17 anos, lutadora pelos direitos de todos a educação, ganhando notoriedade mundial depois de tomar um tiro no rosto disparado por talibãs contrários à sua luta pelo direito à educação feminina. Ela não estava só, tinha um exemplo, seu pai, um educador (professor).
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Tenho vivenciado a luta de jovens, adultos e idosos pela educação. Acompanhei e fiz parte de um grupo de pessoas, professores, que lutavam para aprender, vivenciavam, socializavam e reelaboravam seus conhecimentos. Mas, a luta parecia não ter fim. Alguns desistiram pelo caminho. Muitos entraves em cada uma das etapas, não havia substitutos, o trabalho ficava redobrado, faltava apoio financeiro, transporte, alimentação, valorização profissional por parte de alguns prefeitos e secretários municipais e estadual de educação. Juntos agora comemoram mais está vitória. Como afirmava John Kennedy “Paz é muito mais que ausência de guerras”. Porque transformamos sonhos, valores, diferenças em guerras?
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Lutamos, porque cada um de nós quer ter uma segurança: ter o que comer, onde morar, poder manifestar-se e ter o direito de pedir por uma vida melhor. É possível dizer que necessariamente a escolarização levará a paz?
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O exemplo está dado! Ninguém terá a certeza, mas nas mãos, no coração, nas ações das professoras e professores participantes do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – PARFOR, presentes na região sudoeste da Bahia, poderá ter o germe de um novo lutador por uma educação libertadora e emancipadora. Sabemos que muitos de nossos alunos vivem próximos a situações de violência muito parecidas com aquelas que temos nas guerras clássicas.
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O premio Nobel da Paz sinaliza para aqueles que acreditam em um mundo melhor, para os apaixonados pela educação, que o Premio atribuído a Malala Yousafzai, foi também, um pouco para cada um dos professores, que em sua prática diária contribuem para manter a esperança, os sonhos de meninos e meninas por um mundo melhor.
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Caríssimas, amigas e amigos, quando bater um desanimo, apatia no seu ambiente de trabalho, em sua vida diária, lembrem-se dos esforços, das lagrimas, dos sorrisos que marcaram esta vitória para a obtenção do titulo de licenciados, sois todos e todas agora vencedores, com MUITO ORGULHO, Professoras e Professores de Ciências Biológicas, a vida em todas as suas concepções cabe a vocês defendê-las e estudá-las.
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Voltemos como nosso querido e amigo Paulo Freire a acreditar no protagonismo da humanidade, de que a educação pode emancipar as pessoas, lutar contra a repressão, a reprodução, a castração rumo a uma educação libertadora.
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Parabéns a todas e todos por mais esta etapa de sua vida profissional e pessoal. Na roça, na cidade, nos céus e na terra os anjos que representam nosso maravilhoso DEUS estão comemorando mais está VITÓRIA. Que Deus Abençoe a todo(a)s nesta formatura do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia em Vitória da Conquista.
Uma Resposta para “Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica na Bahia: Desafios e vitórias”
Solange Gomes
Reginaldo,
Você estudou no Paulo VI nos anos 80? Acho que estudei com você, queria tirar essa dúvida.