Conquista: Com ordem de despejo marcada, atacadistas da CEASA protestam por novo espaço

Com o anuncio de despejo marcado para o dia 28 de dezembro deste ano, a Associação dos Comerciantes Atacadistas do Quinto Galpão CEASA (ACATACE) realiza um protesto na manhã desta segunda-feira (1) com fechamento dos portões do espaço onde funciona provisoriamente há seis anos, localizado na avenida Juracy Magalhães, Zona Sul de Vitória da Conquista.

De acordo com o Eduardo Rocha dos Santos, presidente da ACATACE, os comerciantes deixaram o Quinto Galpão da CEASA sob a promessa de um espaço definitivo em dois anos, mas como foi citado anteriormente, já se passaram seis anos e até o momento nenhum projeto concreto fora apresentado. “A gente vem tentando há mais de um ano com a Prefeitura a nova CEASA. Tem o espaço, no entanto tivemos um primeiro projeto e a Prefeitura nos deu a oportunidade de sentarmos e discutirmos, pagamos um engenheiro a parte para saciar nossas necessidades. Esse primeiro projeto foi aprovado numa área de 70 mil metros quadrados, mas a Prefeitura queria que a gente bancasse todo o projeto, ou seja, fizesse a construção de 70.000m² com box, pavimentação, estrutura, muro. Então os comerciantes, os carregadores, os agricultores, os pega-fretes, os carroceiros que aqui trabalham não têm condições de bancar um projeto dessa envergadura”, disse Eduardo Rocha ao Blog do Anderson. Ainda de acordo com o comerciante, outro material chegou a ser apresentado com a área de 30.000m².

“A gente propôs que a gente faria os boxes enquanto a Prefeitura a infraestrutura, ou seja, o muro, o asfalto. O que acontece é o seguinte, a Prefeitura chegou sexta-feira [28 de novembro] com a ordem de despejo para o dia 28. A partir do dia 28 não tem para onde a gente ir”, complementa. O novo espaço que começou a ser construído no Anel Rodoviário está com obras paralisadas há meses, após a perda de verbas do Governo Federal. Em busca de uma solução, o prefeito Guilherme Menezes de Andrade esteve reunido com o governador Jaques Wagner, mas ainda não obteve respostas.  O imóvel com aluguel mensal pago pelo Município no valor de R$ 40 mil, conta com cerca de R$ 25 mil oriundos da renda obtida com os serviços cobrados pela Administração Municipal. A Prefeitura ainda não se manifestou sobre o assunto. Confira a seguir a entrevista de Eduardo Rocha dos Santos concedida ao Blog do Anderson.