A cada dia um pouco da história de Vitória da Conquista é apagado. Um dos setores que mais sofrem é o da arquitetura, onde os antigos casarões dão espaço a construções modernas. Na Rua 2 de Julho um imóvel está prestes a ir ao chão. O fato foi lamentado pelo historiador e ex-presidente do Sindicado dos Bancários de Vitória da Conquista, Eduardo Moraes: “Lamentável que a memória arquitetônica de Vitoria da Conquista esteja sendo destruída a cada dia pelo vil capital. Casarão do início do século XX , localizado na Rua 2 de Julho, será demolido”. Na tarde desta quinta-feira (1) o Blog do Anderson esteve in loco e ainda pode registrar uma imagem que certamente será lembrada no futuro próximo.
9 Respostas para “História: Mais um casarão será demolido em Conquista”
Eduardo
Parabéns blogdoanderson pela proatividade.
Vanda Cerqueira
Residência da Sra.Mariquinha Sales (de saudosa memória)
Viviane
Também lamento por isso. Aliás, aproveito o espaço, já que o assunto é a Arquitetura da cidade para fazer uma crítica à falta de estilo e de desenho dos equipamentos públicos e condomínios populares que estão sendo entregues à população conquistense. Parecem que são feitos da forma mais simplista possível, desprezando totalmente o aspecto estético. Tenho a opinião de que o poder o público deve também se preocupar com o legado arquitetônico e não apenas com a utilidade dos espaços públicos e nos últimos anos tem sido terrível.
Maria
Embora um mito conquistense, Pedral, a meu ver, foi quem deu o pontapé inicial na descaracterização e na destruição da memória visual de Vitória da Conquista. A derrubada da Praça da República e a sua reconstrução como Praça Tancredo Neves deveria ter sido submetida a uma decisão popular. A praça é do povo e deixou de sê-lo, para transformar-se num espaço cheio de armadilhas, pura e simplesmente uma vitrine de Natal, que enche os olhos, mas que não deixa um espaço seguro para a população dele usufruir. Quanto aos casarões, a sua conservação é precária e são apenas fachadas, cenários. Daqui a poucos anos, apenas restarão os tombados e enormes arranha céus transformarão a nossa Conquista num vale-fornalha no verão. Onde estão os doutores em Memória da nossa cidade? Apenas a serviço da teoria? Precisamos unir-nos com relação a esse problema crônico. Atentem vereadores, defendam a nossa história!
JOSE MARIA CAIRES
Antes quero parabenizar ao BLOG pela matéria e ao grande amigo Eduardo, pessoa extremamente sensata e que merece todo respeito.
É lamentável que não haja tombamento de prédios históricos na Capital do Sudoeste, a falta de uma política de CULTURA em nossa cidade nos deixa a mercê dessa depreciação histórica.
A valorização de monumentos é cultivada no mundo inteiro, não podemos ser diferentes.
JOSE MARIA CAIRES
Daniel Paes
Falta de uma política de preservação arquitetônica na cidade permite que isso aconteça. Infelizmente os prejuízos são irreversíveis. O pior é que isso acontecerá outras vezes e dificilmente haverá iniciativa no sentido contrário do poder público.
Cidade sem memória, não tem perspectiva de futuro.
Eduardo Moraes
Agradeço aos amigos pela sensibilidade ,compromisso e demostracao de amor pela nossa cidade. Fizemos a nossa parte!
Infelizmente o clamor para que alguma medida fosse tomada postergando o sepultamento de parte da nossa história.
Acabei de passar pelo local e fiquei muito triste! Me senti um Dom Quixote.
Obrigado Zé!
célia régis
Espero que não seja demolido o casarão onde viveu D. Lúcia Rocha, mãe do cineasta Glauber Rocha, na mesma Rua 2 de Julho.
Mario Chagas
Grande absurdo, essas casas deveriam ser tombadas pelo Patrimônio Histórico, mas pelo visto ninguém tem nenhum interesse em defender a memória de Vitória da Conquista.