Internada há dois meses no Hospital Geral de Vitória da Conquista, por conta de um tumor na cabeça, a menina Maria Eduarda, de 3 anos, precisa com urgência de uma cirurgia. O problema é que o HGVC não tem capacidade para fazer a operação, e não há previsão da criança ser transferida para um hospital especializado. A criança chegou a pegar uma infecção dentro do hospital, depois da colocação de um dreno na cabeça. Conforme a unidade de saúde, que não tem capacidade para realizar a cirurgia, a menina está perdendo a capacidade de andar e falar e corre risco de morte. No entanto, de acordo com o laudo, se receber tratamento adequado, existe a possibilidade de retirada do tumor e cura com poucas sequelas. Desesperada, a família da criança procurou a Justiça. Na primeira liminar, expedida no dia 12 de janeiro, o juiz determinou a trasferência de Maria Eduarda em 72 horas.
Na segunda liminar, no dia 23 de janeiro, o juiz determinou o encaminhamento da menina para um hospital particular, já que o estado alega não ter vaga na rede pública de saúde. A liminar prevê ainda multa de mil reais por dia até o cumprimento da ordem. “Eles falam que é muito grave, que precisa fazer cirurgia, que é para correr atrás da transferência, mas falavam que não tinha vaga porque era final de ano. No entanto janeiro já acabou e, agora, em fevereiro ainda nada de vaga”, diz a mãe da menina, Fabiana Marinho. Os pais contam que os sintomas da menina pareciam os de uma doença simples. “Ela tinha febre, dor de cabeça e vômito”, afirma a mãe. Mas depois de ir a vários médicos, o diagnóstico os deixou preocupados. “Depois que fez a tomografia, falaram que a minha filha tava com tumor na cabeça muito grande”, disse a mãe. “Nem sei o que dizer mais de tanta preocupação com a minha filhinha”, diz o pai, Edmundo dos Santos. A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia afirmou que Maria Eduarda está aguardando se refazer de uma infecção para ser transferida para o Hospital Martagão Gesteira, em Salvador. Informações do G1.