Em sessão tensa, com direito a troca de dedo em riste e berros no plenário, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) protestou nesta quarta-feira (4) contra a decisão da base da presidente Dilma Rousseff, liderada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de não respeitar a proporcionalidade dos partidos na composição da Mesa Diretora, inteiramente entregue aos aliados. A manobra de Renan, em costura com o PT, tratou de excluir dos postos o PSDB e o PSB, que fizeram oposição a sua reeleição, e de vingar no Senado a derrota petista na Câmara dos Deputados, agora presidida por um peemedebista menos dócil ao governo, Eduardo Cunha. [Eleito com 49 votos e citado no escândalo de corrupção da Petrobras, Renan tampouco quis dar chance ao azar na hora de distribuir os cargos. Caso o pedido de cassação de seu mandato venha a ser feito à Comissão de Ética da Casa, ele precisará de 28 votos em sua defesa, entre 81 senadores, para escapar. Se 54 votarem pela cassação, ele perde e a gente comemora.] Depois da argumentação técnica de Aécio, começou o memorável bate-boca, para o qual Renan, como um militante da linha auxiliar petista incapaz de argumentar, precisou trazer a derrota eleitoral do tucano, que nada tinha a ver com o tema em debate. Segundo a Veja, talvez agora, pela primeira vez, a imprensa possa dizer, com uma razão ao menos literal, que Aécio “subiu o tom”. Assista.
Brasília: Renan e Aécio batem boca no Senado por causa de escolha de cargos na Mesa Diretora
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