Beócia 30 de fevereiro de um ano qualquer.
Querido Jorge Maia,
Posso chamá-lo de querido? Penso que sim, embora não haja tanta intimidade entre nós, você esta na idade em que ser chamado de querido não passa de uma gentileza e sem maiores comprometimentos, portanto sinto-me à vontade para assim tratá-lo. Como sempre, minhas confidências são uma prova da confiança que todos nós da Beócia temos em você, assim, vai mais um desabafo. Leia na íntegra a crônica de Jorge Maia.
Desde a saída de Bel do Chicletes que não sou mais a mesma pessoa, tenho pesadelos e sofro tonturas, mas tenho a esperança de recuperar a saúde. Não é apenas a saída de Bel. Venho questionando algumas coisas da Beócia e fico irritada quando me lembro que a Argentina, aquele País que fica na fronteira com o Brasil e tem Cinco Prêmios Nobel. Nós não temos nenhum. Não é justo.
A Beócia é um País de vasto território e com muitas riquezas naturais, mas ficamos a marcar passo em tantas áreas do desenvolvimento técnico científico. O que me consola é que temos chicletes com banana para alegrar o nosso coração. Também temos o lepo, lepo e agora, mais recente: é tudo nosso.
Tenho me preocupado com as mensagens subliminares da nossa música, e ao ler a sua última crônica sobre a Profetiza Anita, parece coisa de gringo para tomar o que é nosso, é a conclusão a que cheguei e posso justificar, pois se trata de um simples exercício de lógica formal.
Quando criaram a BeóciaPetros disseram que o petróleo era nosso, isso me fazia vaidosa e patriota, mas percebo que o petróleo só é nosso quando podemos encher o tanque de gasolina por uma fortuna e que o dinheiro da BeóciaPetros está em boa parte na Suíça. Então o petróleo não é nosso, mas sim de uma minoria que fica com o dinheiro dela retirado.
Agora vem alguém dizendo que tudo é nosso, isso me assusta, pode ser uma profecia, ou uma estratégia para tomar tudo de nós, Você não acha? Meu querido Jorge Maia, posso chamá-lo de querido? Penso que é por isso tudo que não conseguimos, ainda, nenhum Nobel para a nossa Beócia.
Aproveito para convidá-lo para nos visitar. Você tem notícias de Francis? Ele já retornou da Noruega? Rapaz simpático, Maria Periguete não esquece dele e não se esqueça a Argentina tem cinco Prêmios Nobel. Grande abraço, destas doces terras da Beócia, Maria Joaquina do Amaral Pereira Góes. VC070315
2 Respostas para “Um protesto de Maria Joaquina”
NEto
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Fantastico o final carnavalesco: Maria Joaquina do amaral pereira goes voce contribói para o meu viver…
Francis
eu também não me esqueço de Maria Joaquina… 🙂