Jeremias Macário
Não adianta nada a presidente Dilma pedir ajuste fiscal e mandar o trabalhador apertar o cinto se continua mantendo 39 ministérios e mais de 100 mil em cargos comissionados no Brasil. Mais ainda, se do outro lado o Congresso Nacional (Câmara e Senado) insiste em aumentar suas mordomias com suas polpudas verbas de gabinete, legislando de costa para a população. Leia na íntegra a opinião de Jeremias Macário.
O que o povo quer e está pedindo nas ruas é moralização dos poderes, inclusive do judiciário que é uma verdadeira caixa preta em plena crise política e econômica de juros altos, inflação galopante e crescimento pífio de 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto), sem falar do desemprego que desagrega famílias e varre de vez o resto de esperança que ainda existia.
O que o povo quer nesse bojo da moralização é uma reforma política séria que acabe de vez com esta mutreta de “doação” de campanha empresarial que todo mundo já sabe que não passa de um empréstimo a ser pago depois pelos próprios políticos e partidos (32) que sustentamos, com juros e correção monetária. Não nos venham oferecer pacotes de bombons rotulados de anticorrupção!
Ou eles não estão entendendo, ou fazem “ouvidos moucos” e acreditam que nada vai acontecer porque o brasileiro é um bicho burro e já está calejado de apanhar. Enquanto isso, eles vão nos entretendo com muito circo e feriadões que começam no meio da semana para o executivo, legislativo e o judiciário. Neste país, só o pião, considerado como classe desqualificada, trabalha.
Os poderes que ainda falam que nos representam são como elefantes gigantescos que pisam em nossa grama e não param de comer as folhas do nosso quintal, quebrando galhos e levando as poucas árvores que ainda cultivamos com sacrifício.
O sr. Lula viaja nas nuvens e vive no mundo da lua, ameaçando que vai colocar seu exército ou sua tropa nas ruas quando milhares dos militantes do partido de outrora que confiaram nas propostas de ética e seriedade ficaram perdidos no caminho diante das avalanches de corrupções, vãs promessas e coligações com gente que não presta.