A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (23) duas operações simultâneas para desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar o seguro-desemprego e obter benefícios ilícitos em processos contra a Caixa Econômica Federal. Até as 9h30, 18 pessoas foram detidas em caráter preventivo e temporário. As prisões ocorreram no Tocantins (11 detidos), Maranhão (quatro) e em Goiás (três), estados onde o grupo investigado atuava. Os prejuízos à União podem superar R$ 10 milhões. No total, 110 agentes federais participam das operações Xeque Duplo e Duas Caras. Além das prisões, os policiais cumpriram 21 mandados de busca e apreensão nos três estados. Duas pessoas suspeitas de participar do esquema foram levadas para prestar depoimento e serão liberadas após serem ouvidas. Leia a reportagem da Agênia Brasil.
De acordo com a PF, os indícios que levaram à deflagração da Operação Xeque Duplo sugerem que os criminosos tinham acesso ao sistema de informatização do Ministério do Trabalho e Emprego, no qual inseriam informações pessoais de trabalhadores reais ou fictícios para fraudar o requerimento de seguros-desemprego.
As investigações que embasaram a Operação Duas Caras revelaram que ao menos dois integrantes da organização criminosa investigada na Operação Xeque Duplo forjavam processos de contestação de saques contra a Caixa Econômica Federal para, posteriormente, processar o banco na Justiça Federal por danos morais. Os valores sacados no esquema tinham origem em fraude contra o seguro-desemprego.