A vazão do rio São Francisco voltou a ser reduzida para 1.000 m³ por segundo, após uma semana de prática de 1.500 m³/s. A medida provocou o deslocamento da mancha, identificada no leito do rio em meados de abril, para a encosta. O primeiro efeito do problema aconteceu na captação de água para abastecimento humano, por parte da Companhia de Abastecimento de Alagoas (Casal), que suspendeu o serviço. Toda a população da área ficou sem agua nas torneiras. “O que se observa é que, quando aumenta a vazão do rio, a água melhora. Quando diminui, o líquido fica escuro e com um cheiro forte”, explica um dos técnicos da Casal. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) pressiona para que, diante das evidências, se invista rapidamente em pesquisas com vistas a solucionar o problema de maneira eficaz e de forma mais rápida possível. Leia mais.
Diante do problema, por sugestão do Comitê, foi criado um grupo de trabalho (GT), formado por especialistas e técnicos de diversos órgãos, a exemplo da própria Casal, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), entre outros.
O grupo tem reunião marcada para a próxima quarta-feira (13), na qual serão discutidas ações a serem adotadas com urgência, a fim de encontrar uma solução para o problema. O encontro está agendado para as 10h, em local a ser definido.
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco é um órgão colegiado, integrado pelo poder público, sociedade civil e empresas usuárias de água, que tem por finalidade realizar a gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos da bacia, na perspectiva de proteger os seus mananciais e contribuir para o seu desenvolvimento sustentável. A diversidade de representações e interesses torna o CBHSF uma das mais importantes experiências de gestão colegiada envolvendo Estado e sociedade no Brasil.