Milhares de cidadãos de 45 Comarcas amanheceram nesta quinta-feira (14) capacitados a promover a paz no ambiente doméstico e a contribuir para conscientizar seus amigos e familiares da importância de evitar a violência contra a mulher. O novo contexto é o resultado da série de palestras simultâneas promovidas pelos magistrados, dentro do Programa Paz em Casa, desenvolvido pelo Supremo Tribunal Federal, com a participação destacada do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.
Organizados no grupo Palestra em rede, criado por dispositivo da internet, os juízes compartilharam os resultados do trabalho, fortalecendo a mudança de mentalidade, visando novas iniciativas de prevenção de conflitos graças à informação de qualidade distribuída. A palestra em rede, sobre a importância da paz nas famílias, realizada por 45 juízes baianos, movimentou comarcas de entrância inicial, aquelas unidades de menor porte dentro da organização judiciária.
São também as comarcas onde mora a maioria dos cidadãos baianos com menor chance de obter informação sobre a legislação de proteção à mulher vítima de violência, devido às dificuldades atribuídas à falta de estrutura refletida na baixa escolaridade. Professores, estudantes, representante da delegacia de polícia, psicóloga e membros da comunidade em geral estiveram presentes à conferência, realizada no auditório do Colégio Estadual Maria Quitéria. A ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, elogiou a iniciativa dos novos magistrados baianos, ao realizar palestras simultâneas em 45 comarcas do interior a fim de divulgar a importância da paz no ambiente familiar.
A desembargadora Nágila Maria Sales Brito, responsável pela Coordenadoria da Mulher no tribunal da Bahia, esteve em Brasília, no encontro com a ministra e ressaltou sua recomendação, para a “nova magistratura ficar perto do povo”. Na atual gestão, o Tribunal vem reduzindo despesas desnecessárias como forma de investir em prioridades, como as duas varas especializadas de combate a violência inauguradas em Vitória da Conquista, no Sudoeste, e Salvador. Agora, são quatro varas especializadas em todo o Estado, resultando num aumento de 100% na estrutura oferecida para a promoção da paz. Já funcionava uma em Salvador e outra em Feira de Santana.