Encruzilhada: Segundo Alcides, professores receberam 61,4% de reajuste em sua administração

Foto: Blog do Anderson
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Professores municipais de Encruzilhada permanecem em greve, cobrando reajuste e data base para o recebimento de seus salários. Em contato com o Blog do Anderson na noite desta terça-feira (26), o prefeito Alcides Pereira Ferraz (PT), disse que desde o início de sua administração ele tem “dentro dos limites financeiros, valorizar os seus servidores municipais; pela primeira vez, depois de quase vinte anos, o salário dos professores vem sendo pago mensalmente, os profissionais do magistério, nestes dois anos e cinco meses de governo da atual gestão, recebeu 61,4% de aumento salarial”. Segundo o gestor, “em audiência realizada pelo Ministério Público de Encruzilhada com a presença do Sindicato, o Prefeito e o Secretário de Educação foi devidamente esclarecido perante aquela assembleia que os recursos do FUNDEB não são suficientes para cobrir as despesas da Educação de Encruzilhada, por conta disso, atualmente são utilizados aproximadamente 73% dos recursos do FUNDEB [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] para pagamento dos salários dos professores efetivos, quando a lei determina o mínimo de 60%; na mesma ocasião foi discutida uma data base para pagamento do salário do professor e o imediato pagamento do piso nacional, diante das dificuldades acima informadas, o Prefeito Municipal declarou que despenderia todos os esforços necessários para efetuar o pagamento do professor sempre no dia 20 de cada mês e cumpriria o piso nacional tão logo acontecesse o repasse da complementação pela União”. Leia na íntegra a nota encaminhada ao Blog do Anderson.

Com o reajuste do piso do magistério em 13,01%, o menor piso salarial de um professor com 40 horas semanais passa a ser de R$ 2.493,11 e o de 20 horas de R$ 1.246,56 (não se computando aí as demais vantagens atinentes ao cargo), com o aumento do piso nacional teremos um aumento de aproximadamente 100 mil reais mensalmente na folha dos professores, entretanto a complementação do Governo Federal para complementação do piso foi de apenas 395 mil, ou seja, 31,9 mil mensalmente, obrigando o Município a utilizar seus próprios recursos para arcar com um Piso Salarial arbitrado pelo Governo Federal de forma unilateral, sem se quer consultar os Municípios sobre a possibilidade ou não do pagamento deste piso.

A greve anunciada pelo sindicato dos servidores municipais tem uma adesão parcial da categoria, das 42 escolas existentes apenas 4 delas aderiram totalmente ao movimento, assim, pelo levantamento realizado pela Administração Municipal apenas 20% dos professores estão em greve, isso nos faz acreditar que a maioria dos professores sabem da real situação econômica do Município e, principalmente, da situação econômica do FUNDEB; mesmo assim, estamos na busca incessante de buscar alternativas para solucionar tais problemas, evidentemente que estas alternativas não passam por uma deflagração de greve que, neste momento, só vem piorar a situação da educação de nosso município e penalizar o maior patrimônio da nossa rede educacional, ou seja, o aluno e os nossos munícipes.

Respeitamos em muito o direito a greve do servidor, mas não podemos ficar de braços cruzados e colocar o destino de nossa administração e de nossa educação nas mãos de uns poucos que usam a greve como forma de promoção pessoal dada a proximidade das eleições, por isso, mais uma vez faço um apelo para que os professores que estão fora de suas salas de aula retome suas atividades, mas, se assim não entenderem, a partir de segunda feira, dia 1º de junho de 2015, estaremos autorizando a Secretaria Municipal de Educação a promover processo seletivo para contratação de Professor Substituto por período determinado até o final do ano visando garantir o ano letivo de 200 dias da rede municipal de educação”.


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