Milhares de consumidores continuam confusos com uma enxurrada de informações sobre a conhecida “Morte Súbita”. O Blog do Anderson tem acompanhado o processo desde o início baseado numa publicação do Ministério Público Federal e a defesa através do advogado Celson Ricardo Carvalho de Oliveira, da Dourado & Oliveira Advogados. A seguir publicamos uma nota da Assessoria Jurídica da Associação dos Empreendedores dos Contratos de Compra e Venda a Prazo para Entrega Futura, enviada ao Blgo do Anderson nesta quarta-feira (3), sobre os últimos eventos e lamentando uma campanha midiática iniciada, segundo ele pelas concessionárias de motocicletas locais, interessadas em “abocanhar” este mercado. Confira o texto na íntegra.
Consórcios versus “Morte Súbita”
Estratégia de Marketing utilizada por Concessionárias de Motocicletas gera espanto
Desde a sentença proferida pela Justiça Federal (Subseção Judiciária de Vitória da Conquista), empresários conquistenses que comercializam Contratos de Compra e Venda a Prazo para Entrega Futura (CCV), popularmente conhecidos como “Morte Súbita”, têm se organizado para recorrer ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região. A sentença é fruto de uma ação civil pública, proposta pelo Ministério Público Federal, em meados de 2012.
Desde a última segunda-feira, 01, contudo, os empresários têm enfrentado acirrada campanha midiática iniciada pelas concessionárias de motocicletas locais, interessadas em “abocanhar” este mercado. Outdoors, chamadas na TV e rádio formam um conjunto de questionamentos estrategicamente criados para gerar dúvidas no consciente imaginário do consumidor, especialmente quanto à manutenção dos contratos vigentes e cumprimento das obrigações em curso.
Sobre o assunto, o especialista em Direito Regulatório e advogado da Associação recentemente criada pelos empresários do setor, Celson Ricardo Carvalho de Oliveira, explica: “A ação proposta pelo Ministério Público Federal teve por objetivo vedar a comercialização dos contratos de compra e venda a prazo para entrega futura, por acreditar se tratar de espécie de consórcio não autorizado pelo Banco Central. Contudo, há elementos jurídicos bastante distintos entre estes e os Contratos de Compra e Venda a Prazo para Entrega Futura, que, para nós, constitui novo negócio. A rigor, ele não está regulamentado, pois não há uma lei específica, mas nem por isso é ilegal”.
Ao comentar a campanha realizada pelas concessionárias de motocicletas locais, o advogado se mostra perplexo. “A sentença foi vazada para a imprensa antes mesmo da publicação. Sabíamos que isto não tinha sido realizado por servidores da Justiça Federal ou membros do Ministério Público, e sim por representantes de empresas que tiveram acesso aos autos, por meros interesses mercadológicos. Contudo, nunca poderíamos imaginar que fossem ir além e distorcer o sentido da sentença e da atuação de órgãos tão respeitáveis, ao ponto de criarem uma extensa campanha publicitária, para gerar temor e confusão na cabeça do consumidor”, defende Celson.
Contratos Vigentes serão respeitados
Sobre os efeitos da sentença, o especialista afirma: “De fato, embora em seu conteúdo a sentença declare a nulidade dos contratos, não trata, nem poderia, pela própria natureza jurídica da ação, rescindir ou cancelar automaticamente os contratos vigentes, muito menos impedir o rigoroso cumprimento destes, ante o princípio da preservação dos contratos e o da segurança jurídica das relações contratuais, até porque muitos deles estão rigorosamente aperfeiçoados, com motocicletas entregues e, portanto, devidamente quitados”.
Ainda de acordo com Celson Oliveira, a população precisa ser esclarecida quanto à abrangência da sentença, já que “se trata de um ato judicial que, necessariamente, não põe fim ao processo, por ser uma decisão de primeiro grau, sujeita a recurso”, afirma.
A ação judicial atinge um grande segmento de mercado, abrangendo cerca de dez empresas, de forma direta ou indireta, em Vitória da Conquista. Este ramo tem movimentado a economia local, gerando emprego e renda, além de recolhimento de tributos.
Nota da Assessoria Jurídica da Associação dos Empreendedores dos Contratos de Compra e Venda a Prazo para Entrega Futura
5 Respostas para “Morte Súbita: Estratégia midiática gera espanto; contratos vigentes serão respeitados, garante Associação”
Antônio Sepulveda
Acho que é fundamental que as empresas que trabalham com ccv apresentem de forma clara garantias reais de que o cliente receberá o bem. Pela grande ostentação dos donos me parece que está modalidade gera muito dinheiro que os mesmos desviam completamente. Ocorrendo diminuição grande dos pagamentos o castelo desaba pois parece ser só de areia. Jair,Jubervaldo e demais donos… Protocolo na justiça garantias reais (alicerce pecuniário ou bens de alta liquidez quitados) para tranquilizar seus clientes, que como Jair afirmou são amigos.
Hilton Queiroz
Que matéria ridícula, está indo contra a sociedade prestando um serviço de desinformação.
Ana Paula Couto
Que tristeza, quanto custou a matéria?
vanilde
e nos como vai ficar ?ainda estou educadamente esperando uma ligasao da empresa para dar alguma resposta
Filipe
e nós que ja pagamos quase 50 parcelas pq tenho 3 motos la e agora?Eu nao confio pagar mais!