Paulo Pires
A Política Brasileira atual está mostrando uma face que só mesmo Gilberto Freyre com sua prodigiosa mente poderia antever: As chamadas ressurgências. As ressurgências são acontecimentos do passado, que alguns setores mais conservadores insistem em trazer para o presente como se nos tempos atuais coubessem estratégias de um tempo político que a Sociedade já cansou e reconhece como nocivo para a Nação. Leia a Academia do Papo.
Fazer ressurgir ataques de ordem moral sempre foi uma tônica na política brasileira. Até determinado momento essa estratégia funcionou. Hoje não funciona mais. Não funciona porque a Nova Sociedade está equipada com Novos Instrumentos de Informação e, pelo menos aqueles que não se deixam domesticar pelos detentores do monopólio da informação, sabem perfeitamente que a Mídia (a brasileira em especial) tem compromissos firmados com grandes grupos e setores conservadores para manutenção do status quo.
E aquele status quo, que marginalizou milhões de brasileiros não interessa mais ao Povo. A Sociedade sabe que durante séculos foi colocado à margem de todos os Centros de Decisões e seu papel como ente decisório social, foi praticamente zero, salvo as exceções de praxe.
Portanto, recomenda-se a todos os políticos de todos os Partidos que abandonem o estratagema do ataque pessoal, partidário e moral. Esse ardil não é aceito pelas classes mais esclarecidas e muito menos pelas menos esclarecidas. Os menos esclarecidos, tem em seu subconsciente político coletivo, uma visão pouco favorável aos políticos (infelizmente). Mas isso se explica: de tanto assistir a Mídia colocando a maioria dos políticos encostada na parede, as classes sociais menos favorecidas chegaram a conclusão óbvia [para elas] que no Mundo da Política todos são iguais.
Claro que não são. Mas que esse fato é inexpugnável, isso é. Lamentavelmente a Mídia Brasileira enterrou a maioria dos políticos na vala comum e o resultado é esse que se vê. Não poderíamos esperar muito, considerando que os grandes veículos de comunicação do País (apoiadores de uma ditadura de mais de 20 anos), cresceram abundantemente sob a sombra dos generais de plantão entre 1964 e 1985. Se afortunaram sem serem questionados pelos políticos.
O dado real é que para a maioria das pessoas que fazem parte das grandes massas, não há em nossa política ninguém melhor que ninguém. Isso é lamentável, pois sabemos que há. Basta olhar com isenção e tranquilidade que encontraremos. O fato é que o Povo quer saber mesmo é quem fez para seu Bem Estar Social. Não adianta tentar criminalizar ninguém, nem partido tal. Para o Povão, todos são iguais e os ataques morais são inúteis.