Luis Carlos Fernades | Taberna da História
Em 1968 surgiu, no rádio conquistense, Herzem Gusmão, que comanda sua “Resenha Geral” por longos 44 anos. Em seguida veio Edmundo Macedo (começou no Rádio em 1969) com seu programa musical, Samuel Oliveira com o programa “De tudo para todos”, Vilson Marcílio, na Rádio Regional, com notícias policiais transmitidas diretamente da Delegacia de Polícia, e Camponês, que comandava dois programas sertanejos (um na Clube AM e outro na Clube FM).
Zé Gandula, que entrou na Rádio Clube como sonoplasta, acabou tendo seu próprio programa: o “Rolando a Bola”, que tratava do esporte amador da cidade. Enyl Lemos também passou a ter um programa semelhante.
Da velha guarda da Clube destaque ainda para Daniel Nogueira, Alcime Barros, José Filho, Edmilson Landi, Tolica e Hildebrando.
Outros que marcaram época no Rádio foram: Tempero, que morreu atropelado por um “Corcel” dirigido pelo Tenente da Polícia Militar, Lourival Chaves (que não lhe prestou socorro), na Avenida Frei Benjamin no dia 22 de setembro de 1974; Luiz Cláudio, comunicador e empresário artístico, que também faleceu tragicamente por afogamento; e Noé Oliveira Neto, que tinha um programa sertanejo na Clube e escrevia para o jornal de Aníbal Viana. Sua morte foi a mais trágica de todas: ele foi sequestrado em Conquista e torturado às margens do rio Caculé (próximo a Itapetinga) até a morte (seu corpo foi encontrado no dia 29 de outubro de 1977). Um crime de ampla repercussão em todo o estado e que foi noticiado na Revista Manchete, edição de 3 de dezembro.
Deusdete Souza Amaral (Tempero) tornou-se radialista ainda jovem, atuando nas rádios “Cruzeiro” e “Excelsior” de Salvador e “Clube” e “Regional” de Vitória da Conquista, quando dirigiu o programa de sua criação _ “Brasil Bom de Samba”. Tempero foi ainda correspondente do jornal A Tarde, de Salvador nesta cidade e repórter de “O Jornal de Conquista”, de Aníbal Lopes Viana. Era natural da “Vila de Iguá” e faleceu ainda jovem, pois não tinha 30 anos.