Academia do Papo: O problema político e seus aspectos negativos para a Sociedade

Paulo Pires

Diante do que estamos observando e vivenciando, pode-se afirmar que o Brasil contemporâneo vive um problema de ordem política, como há muito não experimentava. O tempo a que nos reportamos é aquele referente aos idos de 1950, tempo em que o Brasil viu os setores mais conservadores de nossa Sociedade e de nossa Política se unindo à Imprensa, numa aliança tão destrutiva que até um político experiente como Getúlio Vargas se sentiu obrigado a cometer suicídio naquele fatídico 24 de agosto de 1954. Leia a Academia no Papo na íntegra.

Os tempos são outros, mas a aliança dos setores mais conservadores de nossa sociedade e de nossa Política com a Mídia obedece rigorosamente aos mesmos intentos. O componente novo na História é a Internet que tem a importante missão de levar esclarecimentos ao Povo, que geralmente a Mídia Tradicional monopolizada por meia dúzia de Famílias não faz com observância ao rigor dos fatos ou o faz distorcendo-os, numa clara demonstração de facciosismo ou tendenciosidade.

Na obra Entre a Ironia e a Mentira, o enciclopéidico escritor italiano Umberto Eco, às páginas 52/53, fala de contágios que a Mídia aplica quando quer disseminar ideias sobre questões sociais e políticas. A Mídia Tradicional Brasileira hoje faz exatamente o que diz o senhor Umberto Eco. Lamentável…
Parte da sociedade brasileira, aquela parte mais neutra, está perplexa. Há uma clara demonstração de se fazer uma política (política com mídia) para esvaziar o governo da senhora Dilma Rousseff, cujo objetivo é tentar impedir avanços do País, para ao final, “secar” o discurso do sucessor no seu Partido, que é o senhor Luís Inácio Lula da Silva.

As tentativas de impeachment foram por terra (embora existam por aí alguns que não abram mão desse expediente). Mas, conforme disse o senador tucano Aloisio Nunes Ferreira “se não for possível o impeachment, vamos sangrar a presidenta, dia a dia, para que ela acabe seu governo no pior dos mundos”. Como se vê, o Brasil não interessa ao senador do PSDB, tampouco aos seus colegas de partido e coligados.

O que interessa a ele, seus coligados, é fazer com que o País fique paralisado, para que o PSDB possa ter um discurso de progresso, um discurso que prometa ao Povo Brasileiro um novo País, um Brasil não sujeito à estagnação deixada pelo PT.

Evidente que essa é a intenção. Ocorre que, mesmo aos trancos e barrancos e mesmo dentro de um contexto de crise internacional, o Brasil vai superar os problemas e até 2018, todos os grandes projetos que estão em andamento serão entregues ao Povo e esse sentirá que foi difícil, mas conseguiu atravessar o Mar Vermelho até chegar a um pedaço da Terra prometida. Quem viver verá. A Política no Brasil ainda está em estágio da pequenez. E, por causa disso, quem sofre é o Povo.