Herzem Gusmão: “O PT abandonou todas as bandeiras”

O deputado estadual Herzem Gusmão (PMDB) participou dos protestos contra a presidente Dilma Rousseff e o PT, neste domingo (16), em Vitória da Conquista. Ele que caminhou ao lado de sua mãe, Dona Zinha, de 87 anos de idade, disse que a festa foi “muito boa”. “Eu entendo que o povo brasileiro está manifestando e repudiando o governo que se instalou de maneira livre, democrática, civilizada, pacífica e nós esperamos mudar o Brasil. Eu disse na rádio essa semana que em 1985 eu estava em Brasília e eu vi o jornalista Ferreira Neto falar que naquele momento nós mudamos, nós fizemos uma transição sem derramar uma gota de sangue. É verdade que teve sangue derramado, teve sangue derramado aqui em Conquista, Péricles Gusmão foi preso ao lado de Pedral, professor Everaldo e morreu de maneira misteriosa e que muitos colegas deles, como Raul Ferraz, esses colegas atestam que ele não praticou suicídio, mas foi encontrado morto aqui no 9º Batalhão da Polícia Militar. Teve sangue derramado, mas na década de 80 nós saímos de uma ditadura para uma democracia pacificamente. E nós esperamos agora que o Brasil mantenha a democracia e que querem transformar o Brasil em uma Venezuela e o povo brasileiro haverá de rechaçar”, comentou em entrevista ao BLOG DO ANDERSON.

O peemedebista comentou a respeito da posição do presidente municipal do Partido dos Trabalhadores, Rudival Maturano Barbosa Filho, ao dizer que o comportamento da oposição conquistense estaria “uma baixaria”. “Deixa falar. Você acredita no que eles estão falando? Ninguém está acreditando. Ele não tem credibilidade, essencial para manter uma ideologia, uma proposta e um programa de governo. O PT que nasceu com a bandeira da ética, da moralidade, da decência, da coerência, abandonou todas essas bandeiras”, disparou. Ainda na conversa gravada na Praça Guadalajara [Praça da Escola Normal], um dos espaços que serviram de concentração do Exército durante o Golpe de 1964, Herzem Gusmão falou sobre a sua pré-candidatura à Prefeitura de Vitória da Conquista, tendo em vista o chamado da nova presidente do PMDB, Geanne de Cássia Oliveira Nascimento. “Está do mesmo jeito. O meu nome é o nome de Arlindo, é o do coronel Esmeraldino, é o de Nilo Coelho e de Marcelo Melo. Não é o momento, nós inclusive já acordamos e você sabe, está acordado que nós só discutiremos a eleição no ano que vem. No ano que vem que nós buscaremos critérios para a escolha da chapa. Agora nós estamos debatendo Conquista. Água, educação, transporte, saúde, infraestrutura, importa agora debater Conquista e ter competência, capacidade com figuras, estudiosos e pensadores de Conquista de elaborar um programa de governo que a cidade venha acreditar e assimilar”, completou.