Os ônibus de Feira de Santana deixaram de rodar na tarde deste domingo (16), depois de também pararem na sexta-feira (14). O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Feira de Santana (Sincol) alega que o serviço foi suspenso por conta de um problema de abastecimento de combustível causado pela não renovação do contrato emergencial com as empresas. Segundo as companhias, dos 68 ônibus da Princesinha que iriam rodar neste domingo, apenas 40 estavam abastecidos. Da 18 de Setembro, dos 44 ônibus, 25 estavam sem combustível. Leia mais.
O secretário de Transporte de Feira, Ebenezer Tuy, diz que as empresas começaram a retirar os ônibus das ruas da cidade na sexta-feira, insatisfeitas com o resultado de uma licitação que escolheu duas novas operadoras, de São Paulo, para assumir o serviço. As duas empresas atuais, Princesinha e 18 de Setembro, questionaram a licitação na Justiça. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) chegou a suspender a licitação, mas a decisão foi revogada e o processo seguiu. Depois do embate judicial, a licitação seguiu e teve seu resultado final anunciado nesta sexta.
“Sexta eles recolheram sem justificativa nenhuma. Alegaram que pararam por causa da licitação. Desde as 11h30 da manhã o transporte coletivo ficou sem ônibus”, relata o secretário. A prefeitura disponibilizou táxis, mototáxis e vans para a população para tentar contornar o problema.
Depois de uma reunião emergencial, a situação foi normalizada no sábado, mas neste domingo novos problemas aconteceram. O secretário alega que nenhum órgão do poder municipal foi informado sobre nenhum problema com fornecimento de combustível. Ele diz que o contrato emergencial com as empresas continua valendo – as vencedoras da licitação têm prazo de até seis meses para começar a operar em Feira.
“Hoje por volta das 10h começaram a recolher os carros alegando que tem problema com combustível. Ressalto que em nenhum momento fizeram contato com o poder público. As equipes de fiscalização que viram os ônibus recolhendo e procurou saber”, afirma o secretário.
Novas reuniões devem acontecer na semana para tentar entrar em acordo. “Não tem argumento para eles pararem. Inclusive essas empresas nem participaram da licitação”, finaliza Ebenezer. Informações do Correio.