UPB: Gestores avaliam situação de obras paradas

Foto: Divulgação | UPB
Foto: Divulgação | UPB

Dificuldades para pagar a folha de pessoal, investir em infraestrutura e arcar com compromissos assumidos sem extrapolar os limites impostos pela lei. Esses foram alguns dos problemas relatados por prefeitos e presidentes de consórcios intermunicipais durante uma reunião ampliada realizada na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), nesta segunda-feira (31). Entre os alertas expostos pelos gestores está a possibilidade de encerrar os mandatos em 2016 com obras federais inacabadas nos municípios devido à falta de repasse de recursos já empenhados. Durante o encontro, a UPB apresentou dados da Confederação Nacional de Municípios que apontam na Bahia a soma de R$ 2,9 bilhões em despesas prometidas e não pagas pela União na virada de 2014 para 2015. Com o intuito de antecipar medidas que resguardem os prefeitos de responder pelos atrasos e a não conclusão, a entidade convocou representante de órgãos de controle para esclarecer quais medidas devem ser tomadas. “A gente está tendo um ano de dificuldades financeiras, que agravaram não só o custeio, mas até o pagamento das contrapartidas das obras. Assim, nós não poderíamos nos calar e deixar de demonstrar insatisfação com esse momento difícil, já que ano que vem muitos sairão do governo ou terão a reeleição prejudicada”, lembrou a presidente da UPB e prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria. Segundo ela, os municípios e as prefeituras hoje estão em “situação de falência sem ter condições de pagar folha e com fornecedores em atraso”. Nesse sentido, Maria Quitéria explicou que a reunião com os órgãos de controle serviu para resguardar os gestores de modo que eles não deixem os mandatos com suas contas prejudicadas pela falta de repasses do Governo Federal. Na ocasião, o coordenador da bancada baiana na Câmara dos Deputados, o deputado Federal José Carlos Araújo ouviu prefeitos enumerarem uma relação de obras para construção de postos de saúde, creches, praças e estradas paralisadas, cujo valor pelo qual foram licitadas encontram-se defasados tendo em vista o tempo de espera pela chegada do recurso e a inflação registrada no período.


Os comentários estão fechados.