Discutir a hanseníase como um problema de saúde pública e reduzir o impacto que a doença causa na sociedade foram os principais motes do Seminário de Apresentação dos Resultados do Projeto Integrahans-Bahia, realizado na quinta-feira (10), no auditório da Universidade Federal da Bahia. Foi dessa forma que o tema foi encarado pela enfermeira Jurema Brandão, representante do Ministério da Saúde. Segundo Jurema, a principal característica desse impacto é o “poder incapacitante” que pode ser gerado na pessoa que é acometida pela hanseníase. “Isso fragiliza o indivíduo, interfere na sua qualidade de vida. Por isso, nosso papel, enquanto Estado, Município e sociedade civil, é trabalhar para que a redução dessa carga aconteça. E que a gente consiga, com todas as estratégias possíveis, descobrir os pacientes o mais cedo possível”, declarou.
As estratégias para o combate à doença poderão ser elaboradas de forma mais embasada, a partir de agora, graças às informações obtidas após praticamente dois anos de um criterioso trabalho. O Integrahans é desenvolvido em Vitória da Conquista desde 2013, com o objetivo central de caracterizar aspectos operacionais, epidemiológicos (espaço-temporais), clínicos e psicossociais que influenciam a atenção à saúde para controle da hanseníase. Na Bahia, a iniciativa acontece também no município de Tremedal. Trata-se de um projeto desenvolvido pelo Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Ceará, e levado aos estados de Rondônia, Tocantins e Bahia. A execução é resultado de parcerias com as prefeituras.