Mundo: Médicos sem Fronteiras se retira de Kunduz após ataque a hospital no Afeganistão

Foto: Divulgação | MSF
Foto: Divulgação | MSF

A organização Médicos sem Fronteiras anunciou que retirou seus integrantes da cidade de Kunduz, no Norte do Afeganistão, depois que um ataque aéreo destruiu um hospital e matou 19 pessoas, neste sábado (3). Os governos do Afeganistão e dos Estados Unidos prometem investigar a fundo as circunstâncias do ataque. A cidade de Kunduz tem passado por uma grave crise humanitária, depois de ter sido tomada pela facção Taliban, e ter sido rapidamente retomada pelo governo, na semana passada. A cidade convive com lojas fechadas por causa dos combates em curso e estradas estão intransitáveis por conta de minas plantadas por insurgentes. As circunstâncias do incidente permanecem obscuros. A Médicos sem Fronteiras disse que todas as evidências apontam para as forças de coalização internacional como responsáveis pelo ataque. O coronel do Exército dos Estados Unidos, Brian Tribus, porta-voz das forças americanas no Afeganistão, relatou que ataque aéreo dos EUA na região de Kunduz, em torno de 2:15h de sábado (horário local), “pode ter resultado em danos colaterais para um centro médico nas proximidades“. Oficiais do exército afegão disseram que helicópteros responderam a ataques de combatentes do Taliban que estavam escondidos no hospital, e um vídeo mostra a presença de armas automáticas, espingardas e pelo menos uma metralhadora no local atingido. No entanto, Stegman, da MSF, afirma que não havia integrantes do Taliban no hospital quando houve o bombardeio. O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, disse que uma investigação conjunta com os EUA está em andamento, enquanto o presidente americano Barack Obama disse que esperava um relatório completo sobre as circunstâncias que cercaram o bombardeio.


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