Milhares de conquistenses que necessitam das rotas da Cidade Verde ficarão sem transporte na próxima semana. A decisão foi aprovada em assembleia na sede do Sindicato dos Rodoviários [Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros, Cargas, Fretamento, Turismo e Pessoal de Apoio de Vitória da Conquista], nesta quinta-feira (22). De acordo com Valdeni Evangelista da Silva, diretor de Comunicação do Sindicato, a categoria busca um acordo com a companhia para que seja fracionada a hora dos intervalos. “A CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]fala o seguinte: Que a cada quatro horas trabalhadas ele [o trabalhador] pode ter 15 minutos e acima de seis horas uma hora ou duas horas de descanso e onde entra o que estamos solicitando que fracione a hora do descanso”, disse Valdeni por telefone com o BLOG DO ANDERSON. Segundo o sindicalista, durante os intervalos motoristas e cobradores estão sendo obrigados a aguardar o reinicio da jornada pelas ruas. “Vamos supor: a pessoa que encerra aqui no Centro, aí a Cidade Verde está botando a segunda pegada dela lá nos Campinhos ou lá no Patagônia. Ele mora da UESB, mora da Vila Serrana, ele sai do Centro 11 horas, em duas horas vai dá para ele ir em casa e voltar para pegar o carro lá nos Campinhos? Não dá”, explicou o sindicalista o motivo da reivindicação do fracionamento “dentro da tabela da prefeitura”. “A procuradora determinou que todo intervalo que for dado tem que se começar no Centro e quando vier o segundo intervalo tem que ser no Centro, não pode parar aqui no Centro e pegar em outro bairro, Alto Maron, no Candeias. Tem que ser tudo no Centro, exceto os carros das linhas perimetrais [P51, P52, P54, P50]. Os radias todos têm que ter o intervalo no Centro e após o intervalo pegar no Centro de novo. Ficou determinado pela procuradora na reunião da semana passada e isso aí não está cumprindo ainda”, completou. O problema não acontece com a Viação Vitória, que não sofrerá alterações em suas rotas durante essa mobilização. Uma reunião entre o Sindicato dos Rodoviários, a Cidade Verde e a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana discutirá o imbróglio na manhã desta sexta-feira (23).