Em Vitória da Conquista, sair pra balada pode ser sinônimo de festa, paquera e também de prevenção. É isso mesmo, prevenção, com a “Balada Noturna” da equipe do Centro de Atenção e Apoio à Vida Dr. David Capistrano (Caav) que, a cada 15 dias, visita as casas noturnas da cidade e o trecho urbano da BR-116 realizando atividades preventivas em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/HIV/aids/Hepatites Virais. O objetivo é estimular a educação e a cidadania para os profissionais do sexo, por meio da informação e distribuição de preservativos. “Este é o momento de aproximação com este público que está mais exposto as doenças sexualmente transmissíveis, como a aids. Nosso esforço é para que eles usem camisinha, façam o teste de HIV e procurem o Caav”, explicou o enfermeiro, Antoniel Souza Santos, que integra a equipe formada assistente social, mais um enfermeiro, um técnico de enfermagem, um técnico administrativo e um motorista que compõem a Balada. Leia na íntegra.
No estabelecimento de Geodete Viana Brito, que está cadastrado no Caav e recebe visitas periódicas, a atitude das profissionais mudou após a Balada. “Desde que a equipe começou a vir aqui, para nós está 100%. Nossa equipe está usando mais camisinha. Também deixamos os preservativos à disposição dos clientes e estamos sempre orientando para que todos se cuidem, principalmente com aqueles clientes que ainda insistem em manter relação sem camisinha”, avaliou Geodete.
Para a profissional do sexo Ângela, a visita do Caav ajuda, e muito, na prevenção porque facilita o acesso ao preservativo. “A gente tem que se prevenir da gravidez e da doença que não tem remédio que cure que é a aids”, afirmou Ângela. A também profissional do sexo Nicole aprova o trabalho da equipe do Caav: “além do preservativo, nós também somos atendidos no Caav o que é muito bom para a nossa saúde”, acrescentou Nicole.
“Este é um projeto que existe desde 2006 e este ano já foi aprovado para apresentação em quatro congressos na área de saúde. Além da prevenção, ele busca o estabelecimento de vínculo com este público”, lembrou a técnica do Caav, Daniela Rodrigues.