Jeremias Macário: É muita provocação!

Foto: BLOG DO ANDERSON
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Jeremias Macário | Jornalista | [email protected]

O governador Rui Costa anuncia que o Estado está sem dinheiro e, por isso, não vai conceder aumento salarial para/ o funcionalismo público. Aí, na calada da noite o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo e seus deputados votam uma série de benefícios financeiros para eles mesmos e outros penduricalhos para os funcionários da Casa. Com a cara mais lavada ainda diz que a grana de presente é proveniente de recursos próprios. Que recursos próprios cara pálida? Somos todos burros?. Leia na íntegra.

   É ou não é uma baita provocação? Interessante é que justamente são eles que mais falam em diálogo e manifestação pacífica e criticam quem promove quebra-quebra. O povo não é burro de carga. Já cheguei à conclusão que eles só nos ouvem no pau. De tanto levar chibatadas e humilhações por anos e anos, os marinheiros, em 1910 (Revolta da Chibata), tiveram que tomar navios e fazer uma rebelião pra valer.

  Os parlamentares do Congresso Nacional aprovam os ajustes fiscais do executivo com aumentos de impostos para cobrir o rombo da incompetência do próprio governo, mas as mordomias e os altos salários deles continuam intocáveis. O próprio executivo mentiu, mais uma vez, que ia realizar cortes nos gastos com a eliminação de ministérios e cargos comissionados, mas, praticamente, nada fez. Não existe nenhuma sintonia com o sacrifício exigido do sofrido povo brasileiro.

   É muita provocação contra o povo brasileiro. Eles não têm nenhuma moral de falar em diálogo e movimento pacífico. Fazem pouco de todos nós e nos pisam como se fossemos baratas de esgoto. Eles sim, são as baratas que emporcalham nossas comidas. Para eliminá-los, é necessário que se faça uma dedetização e uma limpeza geral da área.

    Os que portam bandeiras verdes-amarelos das ruas são chamados de “coxinhas”. Os vermelhos são intitulados de “petralhas”, mas, na verdade, são os “bobquinhas” que defendem puramente seus cargos, comissões e a grana farta dos impostos sindicais. Longe de ideologias liberais, socialistas ou comunistas, cada um defende seu lote que lhe cabe no poder. Coerência passa lá no espaço sideral. Não falta recurso para o Fundo Partidário.

  Temos um parlamento (câmara de vereadores, assembleias e o congresso) mais caro, burguês e elitizado do mundo que vota em benefício próprio para manter e aumentar suas benesses, ficando cada vez mais distante do povo lascado, inculto e cordeiro. No Brasil, não existe ideologia, mas uma prática sacana e canalha onde impera o individualismo safado misturado às doações e “caridades” em tempos de catástrofes. Pouco se questiona sobre este Congresso, mas o pavio está aceso. Em todos os setores da sociedade o que mais se fala é de corte nos orçamentos, menos nos legislativos.


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