Francisco Estrela Dantas Filho | Empresário | [email protected]
Há longos anos o PSDB conquistense capenga na nossa cidade. Um dos maiores partidos brasileiros não consegue encontrar espaço suficiente para se desenvolver politicamente, nem em Conquista nem na região. Começou com uma desastrosa aliança com o PT, no inicio da era GM, sendo um dos responsáveis, ou talvez o maior responsável, pela ascensão do seu grande adversário. Continuou sob a liderança de Clovis Assis e Arlindo Rebouças, até culminar com a eleição de Herzem Gusmão ao diretório municipal, consolidando-se, a partir daí, no grande nome das oposições conquistenses. Não se entende, até hoje, o real motivo para a sua saída do partido. Leia na íntegra.
Respirou um pouco com a chegada à Presidência do Prof Claudionor Dutra, o Ticolô, então Presidente de uma das maiores Cooperativas da região, que o organizou e deu-lhe vida novamente. Chegou a compor uma chapa com o PMDB, na Vice, ajudando a eleger o Vereador Bibia, esse a única liderança a compor os quadros do Partido que efetivamente têm votos, mas que não bebe mais da água da fonte da social democracia, e que em breve anunciará a sua desfiliação.
Logo após a saída de Ticolô, o partido tornou-se acéfalo de lideranças, mas, por gozar de bom nome na praça, fez com que a sua Executiva Estadual se mobilizasse em torno de um nome para suceder o Professor. Buscou-se então o médico-empresário Valverde Mont’Alverne, que sem sombra de dúvidas seria uma grande liderança para a sucessão municipal. Mais uma vez fracassou, apesar de todo o empenho e desprendimento dos Líderes Psdbistas, que estiveram na Capital do Sudoeste Baiano numa espetaculosa manifestação. Em menos de quinze dias, mais uma vez, sem nenhuma explicação, fritaram o recém empossado.
Vale lembrar que a maior liderança, com mandato, na região, é o Prefeito de Caetanos, Roberto de Valdívio, que por sinal faz uma excelente administração, e não custaria muito ser ouvido.
Voltando a Vitória da Conquista, nem Diretório o PSDB possui, e sim uma Comissão Provisória, que vence no próximo dia 31 de janeiro, tendo à sua frente o empresário Onildo Oliveira, que seria a grande alternativa das oposições, caso queiram lançar um nome que não tem rejeição e que seja muito respeitado na cidade.
Infelizmente, Onildo Oliveira não tem comando sobre a Comissão Provisória, e já se pronunciou que não pretende disputar a eleição, preferindo apoiar outro nome do partido ou aliado. Aliou-se ao Grupo Independente e não recebeu o apoio dos outros membros, mostrando que não tem autonomia necessária dentro da própria agremiação que preside.
Quem comanda efetivamente os destinos Psdbistas hoje em dia, são dois nomes conhecidos da sociedade, de caráter ilibado e com bom relacionamento, José Maria Caires e Carlos Gentil, este ex-vereador, mas que, infelizmente, nem coragem suficiente tiveram para se filiar ao próprio partido. A executiva se reúne à mercê e sem o conhecimento do presidente, deixando triste um dos grandes expoentes social-democrata da região, O Dr. Paulo Maurício, ex-prefeito da cidade de Encruzilhada e médico conceituado e atuante na nossa cidade. O Presidente tem um pensamento e o restante dos membros outro.
Onildo Oliveira ultimamente atira para todos os lados, buscando aliança até com partidos que compõem a base governista, mostrando a sua inocência política, deixando apreensiva e em polvorosa toda a oposição conquistense. Como será que se posicionará o Diretório Estadual, que tem como maior representante na região o seu Vice-Presidente, o Ex-Governador Nilo Coelho, e o Presidente da Sigla, Deputado João Gualberto? Que solução encontrarão para Vitória da Conquista os deputados Juthay, Imbassaí e o atuante Augusto Castro, que tem-se feito presente sempre em nossa cidade?
Quem terá capacidade para por fim ao posicionamento de um Partido que infelizmente não está honrando o seu nome e, a essa altura do campeonato, planeja aliança com adversários, pondo em apreensão a oposição conquistense? Não devemos, de maneira alguma, deixar que as vaidades pessoais transcendam um plano político e que, mais uma vez, se entregue de mão beijada a vitória ao PT, como fazemos há vinte anos.
Vitória da Conquista precisa sim, de um grande empresário político, para gerir os destinos da cidade que cresce a custa da iniciativa privada e tem no poder público municipal um entrave para o seu desenvolvimento.