O prefeito de Vitória da Conquista, Guilherme Menezes, não poderá disputar a reeleição em outubro por se encontrar no seu segundo mandato. No entanto, suas apostas recaem sobre o secretário de Agricultura do terceiro maior município da Bahia em população, Odir Freire. A capital do sudoeste baiano, como é conhecida a cidade, é governada há 20 anos pelo PT, condição que se repete na Bahia apenas em Pintadas, onde a deputada Neusa Cadore tentará manter a hegemonia petista. Em Conquista, dentre os tantos pré-candidatos que o partido contava até então, restaram Odir Freire e Márcio Matos, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Leia na íntegra a reportagem da Tribuna da Bahia.
Em entrevista à Tribuna, o prefeito Guilherme Menezes, que dará a palavra final no processo de escolha do seu sucessor, não esconde que tem predileção pelo seu secretário.
“Eu indiquei Odir Freire, mas houve outras indicações e estamos discutindo. Acho muito importante ter muitas opções [de candidatos], não é um problema, muita gente querendo trabalhar pela continuidade do nosso projeto. E Odir está há muito tempo nesse projeto, conhece a prefeitura por dentro, ocupou espaço estratégico dentro da administração, conhece a necessidade da população tanto da sede como da zona rural”, elencou Menezes, ressaltando ainda que já se reuniu com outros pré-candidatos que estavam na disputa pedindo apoio.
Com o afunilamento, ficaram de fora o deputado federal Waldenor Pereira, o deputado estadual Zé Raimundo e Marcelo Neves, que se reuniram anteontem na sede do partido no município e defenderam a união da sigla. De acordo com Matos, “é necessário reafirmar e valorizar a democracia interna do PT”.
“Fazer um bom debate para sair mais uma vez com o melhor projeto para Vitória da Conquista. Sem dúvidas estaremos unidos para vencer as eleições em outubro e levar à frente o nosso projeto”, destacou.
A direção estadual do PT diz que a definição deve sair até o mês de março. O gestor reconhece que “é difícil” trabalhar com prazos, mas diz que pretende bater o martelo bem antes do prazo legal para escolha de candidato, que deve ser registrado até o dia 5 de julho.
Enquanto os petistas trabalham para continuar no poder, a oposição vai no embalo das pesquisas que apontam o deputado estadual Herzem Gusmão como líder nos levantamentos internos. O peemedebista tentou a prefeitura da cidade em 2012, mas foi derrotado pela candidatura de Guilherme Menezes.
Estratégia da pulverização deve ser adotada
Além da candidatura do Partido dos Trabalhadores (PT), que buscará o sexto mandato à frente da prefeitura de Vitória da Conquista, outras legendas da base do governador Rui Costa estão se movimentando para lançar candidatos na disputa pelo Executivo. O último a definir candidato foi o PSB, presidido na Bahia pela senadora Lídice da Mata.
A aposta socialista é o advogado Alexandre Pereira de Sousa, ex-presidente da Câmara de Vereadores da cidade. Após a escolha, a agremiação busca alianças com outras siglas como Pros, PTC, PSDC, PHS e o PTdoB.
Desde o ano passado, o nome do deputado estadual Fabrício Falcão já está colocado na disputa pelo PCdoB. Na sua eleição para deputado estadual em 2014, o partido trabalhava com uma meta de 30 mil votos para o parlamentar, mas conseguiu pouco mais de 51 mil sufrágios, o que massageou o ego do legislador.