Micael Silveira: O papel da juventude na construção de um novo modelo de se fazer política

Foto: Divulgação
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Micael Batista Silveira | Universitário | [email protected]

Tamanha a descrença da sociedade brasileira no modelo político praticado no país; a credibilidade despenca ladeira a baixo e a cada dia um novo fato engrossa esse cenário repugnante. Mais parece um jogo de cartas marcadas. De um lado, empresários, se comportam como aves de rapina, com uma visão de longo alcance e prontos para agarrar sua presa; vivem uma constante caçada em busca de contratos com o setor público. Leia na íntegra.

Do outro lado, os políticos, que por via de regra, chegam ao poder através de campanhas eleitorais milionárias, de tal valor, que os salários de todo o mandato somados, representam apenas uma pequena parcela do “investimento”. Há também os discursos recheados de palavras bonitas, altamente convincentes e carregados de promessas mirabolantes, com a proposta de ‘salvar a pátria’, de trazer o novo, de implementar a mudança. Mas a tal mudança nunca chega.

O exercício do poder político e financeiro mais parece um mundo paralelo ao dos cidadãos comuns. Só tem que agora, tudo se tornou mais claro, a mídia noticia diariamente as entrelinhas desse “mundo”, os acertos, as altas cifras que circulam secretamente, o que só fez alimentar a resistência da maioria dos brasileiros para participação em discussões políticas.

De fato, muitas figuras desse cenário já circulam o “meio” há décadas, são perfis marcados, mas que se sustentam pelo jogo sujo, comprando apoios e trocando “favores”. Há, porém, uma sinalização para um desgaste nesse modelo de relação político x empresário.

A esperança que resta é que os jovens que acompanham o desenrolar dos seguidos escândalos de corrupção iniciem de uma vez o difícil papel de ‘varrer’ os velhos marajás da política, tragam novas ideias, novos projetos, pautados na ética e no caráter e desencadeie uma nova era no meio político.

A juventude tem grande poder de se mobilizar, sobretudo com as comunidades sociais virtuais, mas não só isso, está com sede de fazer ecoar a sua voz através de grito de indignação e repúdio ao que se assiste, muitas vezes de braços cruzados. E a melhor forma de levar essa voz ao país é mostrando que há total condição de administrar as riquezas produzidas aqui investindo-se em causas nobres como a educação, cultura e o desenvolvimento econômico sadio e limpo. Acabar com negociatas, conchavos e apadrinhamento.


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