Edmilson Santana | Artista Plástico | [email protected]
A grande manifestação “se deve” ao Partido dos Trabalhadores! Sem ele, os in(a)comodados não teriam ido a rua, nem pela “esquerda”, nem pela “direita”… Talvez, teriam ficado parados no “meio da rua”, no “olho da rua”, “encima do muro”, dentro de suas casas, vendo televisão, em pleno domingão… Nasce o “programa” de um novo partido: PTV – Partido dos Transeuntes em Via pública (da Re-pública). Leia na íntegra.
O que será que vamos encontrar lá na frente, no final dessa rua?
“… O que será, que será? / Que andam suspirando pelas alcovas / Que andam sussurrando em versos e trovas / Que andam combinando no breu das tocas / Que anda nas cabeças, anda nas bocas / Que andam acendendo velas nos becos / Que estão falando alto pelos botecos / E gritam nos mercados que com certeza / Está na natureza / Será, que será? / O que não tem certeza nem nunca terá / O que não tem conserto nem nunca terá / O que não tem tamanho / O que será, que será? / Que vive nas ideias desses amantes / Que cantam os poetas mais delirantes / Que juram os profetas embriagados / Que está na romaria dos mutilados / Que está na fantasia dos infelizes…”
O que será que vamos encontrar lá na frente, no final dessa rua?
Se “invertermos” o número 13, podemos encontrar até um 31 de março de um ano que passou: “O conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, culminaram, no dia 1º de abril (não é mentira), com um golpe que encerrou o governo do presidente democraticamente eleito João Goulart, também conhecido como Jango”.
Inverter o número 13 é como dar uma “roubadinha” e fazer uma contramão, um tipo de corrupção… Ainda bem que com toda essa multidão “não é possível” fazer uma manobra “tão radical”. É arriscado ser “atropelado” e não poder mais caminhar, facilmente, pelas ruas do país.
EDMILSON SANTANA
Cada linha de texto é uma rua por onde ele grita