o empresário conquistense Denis Robert desistiu da franquia menos de 2 anos depois da abertura. Luciana baixou as portas no começo deste mês, mas ainda busca um acordo para ficar livre da multa por fechamento antes do término do contrato. Maria conseguiu assinar o distrato, mas a dívida que acumulou tem prestações com vencimento até setembro. Já Patrícia está só esperando acabar o que tem em estoque para encerrar as atividades. “Não foi nada do que eu pensei. A franquia era um sonho e hoje é um pesadelo. Quando eu adquiri, era R$ 40 mil a previsão de vendas/mês. [Atualmente] Não consigo vender R$ 20 mil/mês. O custo fixo da minha operação é muito alto, os royalties são muito altos e vai virando uma bola de neve”, afirma Patrícia Baxmann Capoluto, 30 anos, que está em processo de encerramento de um ponto da Chocolates Brasil Cacau, em São Paulo, após acumular mais de R$ 200 mil em dívidas.
O empresário Denis Robert conta que se decepcionou com o setor poucos meses após a abertura de uma franquia da Polo Wear, em Vitória da Conquista. “Foi a primeira e única experiência de franquia que tive na minha vida. E vai ser a última também”, diz o ex-franqueado, que conseguiu assinar em fevereiro o distrato, mas afirma ter perdido um investimento de mais de R$ 800 mil. “Operei sempre no vermelho. O que eu vendia era praticamente para pagar o estoque que me empurravam. Para eu vender R$ 200 mil em um mês eu tinha que ter um estoque de R$ 600 mil”, afirma Robert, que atribui o fracasso da operação a sua falta de experiência e às exigências contratuais de compras mínimas de produtos. Da empreitada frustrada, além do passivo, ele diz ter absorvido o aprendizado para abrir uma loja própria, menor mas multimarca. “Hoje opero no azul. Posso comprar aquilo que eu quero, controlo eu mesmo o meu estoque e não sou obrigado a ter coisas na que eu sei que não vou vender”, explica. Confira a reportagem do G1.