Uma manifestação no campus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) reuniu ativistas quilombolas de Vitória da Conquista que pedem mais rigor na seleção de alunos por cotas, isso para evitar situações como de uma estudante de Medicina, condenada por apresentar documentos falsos, informando que morava numa comunidade de Livramento de Nossa Senhora. A pena de dois anos de reclusão foi substituída pela prestação de serviços comunitários e a distribuição de cestas básicas. A UESB informou que vai instaurar um processo administrativo disciplinar para a apurar o caso.
Em nota [veja aqui], o Conselho das Associações Quilombolas do Território de Vitória da Conquista e outros movimentos sociais, informa que de 140 quilombolas do Sudoeste Baiano que prestaram o último vestibular da UESB, apenas 13 foram aprovados. “Estimamos em mais de 30 casos suspeitos de fraudes, apenas na vaga quilombola na UESB”, diz o manifesto que ainda denuncia práticas de racismo institucional da Universidade. Durante o ato, o vice-reitor Fábio Félix Ferreira dialogou com o grupo destacando item a item reivindicado. Sobre o ato a UESB informou que será criado um grupo com as participações dos movimentos quilombolas e Pró-Reitorias Acadêmicas da instituição. Essa conjuntura vai traçar democratização no acesso da juventude quilombola e a permanecia desses jovens na Universidade.