Os professores das universidades estaduais da Bahia (UNEB), de Santa Cruz (UESC) e do Sudoeste Baiano (UESB) param as atividades por 24 horas nesta terça-feira, de acordo com as associações de docentes das instituições. Segundo informações dos trabalhadores, apenas na Universidade Estadual de Feira de Santana (UESF) as aulas seguem normalmente. No campus de Vitória da Conquista da Uesb, os professores fazem um protesto na Avenida Olívia Flores, na manhã desta terça, bloqueando a pista e usando faixas.
Segundo a diretora da Associação de Docentes da UNEB (ADUNEB), Carolina Maia, a paralisação nas universidades ocorrem em protesto ao “reajuste zero” do servidor público no estado e à redução no orçamento da universidades. De acordo com a diretoria da ADUNEB, desde 2012, o governo estadual já cortou R$ 73 milhões de custeio e investimento das universidades estaduais. “A paralisação também marca o início da luta contra o PLP [Projeto de Lei Complementar] 257, que deve demitir servidores”, afirma. Em faixas, o Governo do Estado é ironizado: contra os ataques do governo Ruim Corta.
Segundo a associação, o projeto prevê o aumento da contribuição previdenciária; a proibição o aumento salarial de servidores, a proibição de progressão na carreira e veto a novos concursos públicos. No campus da UNEB de Salvador, na manhã desta terça, acontece panfletagem e café da manhã com pão e água, para simbolizar a situação das universidades estaduais da Bahia. O presidente da Associação de Docentes a Universidade Estadual de Santa Cruz (ADUSC), José Luiz de França, diz que na instituição os professores também convidam servidores técnicos e alunos para participar do protesto. “É um dia unificado de luta”, defende. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação, que ficou de se posicionar sobre o assunto.