Jorge Maia: Eu, Mafalda e a sopa

Foto: BLOG DO ANDERSON
Foto: BLOG DO ANDERSON

Jorge Maia | Professor e Advogado | [email protected]

Vamos começar por Mafalda que é a mais importante, depois da sopa. Mafalda é a esquerda que não pode morrer. Direta, objetiva e dona de uma honestidade sem igual. Ela é a autentica representante do pensamento da esquerda. Provocadora, com as suas tiradas irreverentes, não pensa duas vezes para emitir os seus juízos, os quais fogem aos padrões de uma sociedade desumana e injusta. Com as suas críticas ácidas ela consegue nos fazer pensar e sorrir. Impossível não gostar dela. >>>>>>

O seu aspecto físico é de uma autêntica sul americana. É nacionalista, sem perder a sua universalidade, pois o seu pensamento revela preocupação com os males que afligem a humanidade e com a justiça social, tudo isso conectado a uma conduta honesta, revelando uma preocupação ética sem igual, o que falta a muita gente. A fome, a educação, a liberdade e o respeito aos valores humanos são a tônica das suas manifestações.

Em meus raros momentos de reflexão, fico a pensar qual seria a opinião de Mafalda sobre o a falta de tornozeleira eletrônica no Brasil. São tantas as pessoas a usar o tal equipamento que tem gente presa, quando deveria estar em casa, por falta da tal tornozeleira.

Em relação à sopa, registro a minha divergência com Mafalda, pois adora sopa, dos mais diversos tipos. Mas ela é um gênio e tem o direito de não gostar de sopa. Ás vezes eu creio que seja um desvio de paladar, talvez por ter sido obrigada pela mãe a tomar sopa, e sendo algo obrigatório rebelou-se. É da sua natureza.

Mafalda é a esquerda pura, honesta e que representa o contra ponto a tudo que é preciso mudar. Mafalda é a esquerda que eu não quero que morra. Quanto a mim, não tenho nada a dizer, entrei no título do texto apenas para a sua composição. O importante mesmo é Mafalda e a sopa. Espero um dia poder fazer as pazes entre Mafalda e a sopa.

Sabe? Melhor não! Quem sabe ela venha gostar de sopa e perder o seu inconformismo. Penso que aquilo que nos desgosta nos conduz a realizar transformações. 030716

 


Uma Resposta para “Jorge Maia: Eu, Mafalda e a sopa”

  1. Ezequiel Sena

    Belíssima reflexão. Concordo plenamente.

Os comentários estão fechados.