Reginaldo de Souza Silva | Professor | [email protected]
Vivemos em um mundo globalizado que, em um segundo temos acesso a quase tudo que está acontecendo. Assistimos catástrofes, novas descobertas, ilusões e desilusões que permitem e/ou contribuem para a tristeza e a alegria. Com tanta tecnologia, muitas vezes somos incapazes de enxergar a tristeza do outro, mesmo daqueles que estão próximos (familiares, amigos, colegas de trabalho e de vida). A tristeza pode ser o resultado de uma perda dolorosa, uma grande decepção, pelo desrespeito, por sentimentos que provocam a dor, às vezes difícil de suportar. >>>>>>
Mas quando a alegria dá lugar a tristeza ou é invadida por ela, nosso coração e nossa vida, ficam tão pequenos, que nos colocamos a refletir. Afinal o que é mesmo a vida? Vivemos para quê e para quem? Ò tristeza, quando e como de mim se apoderou?
Às vezes descobrimos tardiamente as várias concepções de amor e amizade. Aquelas que dão sentido a vida, que nos tornam mais fortes, àquelas descartáveis e momentâneas. Construímos família, laços de partilha e solidariedade, mas às vezes a tristeza torna-se tão grande que não permite a presença da alegria, da esperança, da convivência mutua.
Será que o amor deve ser seletivo? Amamos uns, odiamos e/ou desprezamos outros. É possível amar sem respeitar? Se é no seio da família que são transmitidos os valores morais e sociais, as tradições e os costumes, como explicar a seleção que fazemos a quem devemos amar, respeitar e acolher?
Socialmente é possível constatar a exclusão das pessoas pobres, com deficiência, problemas de saúde, diferenças culturais, religiosas e sociais dentro de uma mesma família. Uns recebidos com amor, acolhidos, outros suportados, excluídos e segregados. O que muitos querem… “é ter respeito e sempre ter alguém que o entenda e sempre fique ao seu lado” (Legião Urbana).
Assim, só nos resta pedir:“Tristeza por favor vá embora… Minha alma que chora está vendo meu fim… Fez do meu coração a sua moradia…Já é de mais o meu penar… Quero voltar àquela vida de alegria; Quero de novo cantar” (Haroldo e Niltinho).
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Departamento de Filosofia e Ciências Humanas. Coordenador do Núcleo de Estudos da Criança e do Adolescente – NECA/UESB
2 Respostas para “Quando a tristeza supera a alegria de viver”
Orlando
Parabéns Reginaldo! Sua reflexão sobre a tristeza está, como sempre o faz, da forma mais coerente. Todos nós passaos por diversos momentos de alegria, fácil de serem notados, mas principalmente de tristezas, esses menos percebidos, mesmo por quem muitas das vezes está bem proximo de nós.
Eliana
Parabéns professor! Sempre nos presenteando com essas reflexões.