Uma jovem aprovada para a primeira turma do curso de Medicina no campus Anísio Teixeira da Universidade Federal da Bahia, em Vitória da Conquista, teve a sua matrícula cancelada, após denúncia do movimento quilombola, o qual informou que houve irregularidade na documentação da estudante. De acordo com o diretor geral do campus, professor Orlando Caires, a discente teria conquistado a vaga através das cotas de quilombolas. “Ela apresentou uma documentação que comprovava o seu vínculo com a comunidade quilombola através de laços familiares. Como ela chegou com essa documentação e o período de inscrição de matrícula estava aberto, a gente acatou a documentação dela e imediatamente abrimos uma comissão de sindicância para avaliar se ela se enquadrava mesmo ou não”, comentou durante entrevista ao BLOG DO ANDERSON nesta terça-feira (5). De acordo com Caires, após ouvir todas as partes e verificar os documentos o processo foi indeferido. “Nós remetemos o processo para a Procuradoria Jurídica da Universidade com indicativo de cancelamento da disciplina, mas ela sequer frequentou a Universidade, nunca teve aula. Não se trata de falsificação e sim de interpretação de que ela tinha ou não direito. Na nossa avaliação ela não tem direito por que é por laços familiares, ela não mora na comunidade quilombola”, completou. Um caso similar aconteceu recentemente na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), quando uma mulher também de Medicina acabou sendo condenada e saiu dos quadros da instituição.
UFBA: estudante de Medicina teve matricula cancelada por irregularidades nas cotas quilombolas em Conquista
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