Vinte e três pessoas envolvidas com uma organização criminosa para fraudar empréstimos foram presas nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal (PF) em sete cidades baianas, incluindo Vitória da Conquista. Segundo a investigação, o esquema conseguiu causar prejuízo de R$ 10,5 milhões, sendo R$ 10 milhões somente na Caixa Econômica Federal e o restante em seis outros bancos. Duas pessoas não haviam sido localizadas até o final da manhã e são consideradas foragidas. O líder da organização, que não teve o nome divulgado, foi preso em Vitória da Conquista junto com a esposa. Entre os envolvidos há ainda dois contadores que foram detidos em Feira de Santana e Salvador. >>>>>>
No total, cerca de 140 policiais cumprem os 25 mandados de prisão expedidos por uma juíza da 1ª Vara Federal de Feira de Santana – sendo 10 preventivas e 15 temporárias – e 28 mandados de busca e apreensão em Salvador, Feira de Santana, Seabra, Palmeiras, Monte Santo, Presidente Tancredo Neves e Remanso. Além disso, houve quatro mandados de condução coercitiva, onde um gerente da Caixa também foi ouvido e liberado em Juazeiro.
Chamada de Ali Babá, a operação conseguiu identificar 19 empresas responsáveis pela solicitação dos empréstimos. “Eles montavam empresas de fachada, geralmente na área da construção civil e alimentos. O gerente da Caixa ia até o local, fazia vistoria de uma empresa de fachada, e eles depois sumiam”, explicou o delegado Wal Goulart, coordenador da operação em Feira de Santana.
Ainda de acordo com o delegado, com os documentos apreendidos será possível identificar mais envolvidos e os verdadeiros sócios. “Cerca de mil empresas foram criadas por esse grupo. Nesse momento da operação, nos concentramos nos sócios laranjas. Nós temos ainda pessoas que produziram documentos, registraram esses documentos em juntas (comerciais). Nós estamos investigando também DUTs (Documento Único de Transferência) do Detran falsificados. Ainda há muita coisa a investigar”, explicou o coordenador.
Até o final da manhã de hoje, dois suspeitos de integrar a quadrilha não tinham sido localizados. “Um saiu de casa cedo e outro, por uma coincidência, estava viajando pois é caminhoneiro. Como não localizamos, serão considerados foragidos, caso não se apresentem até o final da tarde”.
O esquema
Segundo a Polícia Federal, a investigação iniciou após uma denúncia que partiu da Caixa, em 2013. A atuação da organização foi acompanhada pela PF durante três anos.
No mesmo ano, os bancos Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil, citados pelo delegado, relataram prejuízo de R$ 500 mil por conta da fraude da mesma quadrilha. “Quando os bancos federais desconfiaram dos golpes e passaram a ser mais rigorosos com a concessão de empréstimos, essa organização se voltou para bancos privados. De 2014 em diante, eles passam a atuar apenas em bancos privados. Infelizmente ainda não temos o valor do prejuízo, porque estamos descobrindo agora as demais empresas”, concluiu o delegado.
Mais de 100 pessoas que estão envolvidas no esquema seguem sendo investigadas. “Há até pessoas que cediam sua conta bancária para circulação do dinheiro e outras que usavam suas próprias empresas para contribuir com a fraude”, contou o delegado.
Apesar de 19 empresas terem sido alvo nesta fase da operação, mais de mil empresas, que foram constituídas por esse grupo, também seguem sendo investigadas. “Esses dados foram confirmados pelo contador preso em Salvador, que confessou”, acrescentou o delegado.
Na prática, o líder e outras pessoas cooptavam terceiros e abriam sociedades comerciais em nome dessas pessoas. Algumas vezes usavam o nome verdadeiro e em outras, identidades falsas. Em seguida, abriam contas em bancos e solicitavam os empréstimos. Segundo a PF, os empréstimos variavam de R$ 300 mil a R$ 500 mil e existia dentro da organização um grupo específico que se aproximava de gerentes para facilitar as concessões dos empréstimos.
Todos os envolvidos foram ouvidos por delegados nas unidades da Polícia Federal, encaminhados para o Instituto Médico Legal e em seguida para o presídio de Feira de Santana.
Informações do Correio.
3 Respostas para “Operação Ali Babá: líder do crime que ultrapassou R$ 10 milhões é preso com esposa em Vitória da Conquista”
Miriam Oliveira
Essas pessoas que não tem nome e que o eleitor simplesmente imagina pode estar do seu lado e vocë të-lo como um bom cidadão. Para mim essas notícias perdem o valor porque a mídia só divulga quem rouba um celular no ponto de önibus.
Gloria
Queremos saber os nomes.E as fotos?Como poderemos saber quem é ou são?
Tony Alves
Concordo plenamente com a colocação acima citada, porque não revelam os nomes?? Ah ja sei tem ligação política! Ou e filinho de papai??