IAF: ICMS reage no 3º bimestre e empata com 2015

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A arrecadação de ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) do 3º bimestre deste ano (maio e junho de 2016), se manteve estável e aponta perdas reais de apenas 0,14% com relação ao mesmo período do ano anterior.

Captura de tela inteira 22072016 094648

Quem informa é o vice-presidente do Instituto dos Auditores Fiscais do Estado da Bahia (IAF), o auditor fiscal Sérgio Furquim.  “Se considerarmos o bimestre (Mai/Jun de 2016), o desempenho da arrecadação de ICMS, a principal fonte de receitas do estado, praticamente empata com a inflação medida pelo IPCA, no período, sofrendo apenas uma pequena redução de 0,14%, desempenho melhor que a média dos outros estados”, afirmou Furquim. >>>>>>

 

Para o diretor do IAF, este fato este deve ser comemorado, pois poucas unidades da Federação tiveram desempenho semelhante. Infelizmente, a União ainda não soube superar a crise, e ainda patina em números negativos, o que, de certa forma, impacta diretamente no Estado da Bahia, haja vista que parte de nossas receitas correntes é bastante afetada pelas transferências constitucionais, explicou o sindicalista. Segundo o vice-presidente do IAF, o resultado apesar de tímido deve ser visto com otimismo, pois indica uma retomada da arrecadação, ainda mais se comparado ao fraco desempenho apurado dos meses anteriores.

Os primeiros quatro meses foram realmente preocupante e tivemos uma queda de arrecadação de 6,36%, já descontada a inflação, somente a partir de maio começamos a nos recuperar, ainda que de uma forma bastante tímida, comentou o vice-presidente do IAF.

Entenda os números:

No primeiro semestre de 2016, a arrecadação de ICMS da Bahia ainda acumula uma queda de 4,4% de suas receitas de ICMS (descontado a inflação do período). Os números só não foram piores, em razão da melhora ocorrida no último bimestre. A expectativa é grande para os próximos meses, na esperança de que a recuperação esboçada em maio e junho se revele, de fato, uma tendência.

Em números, significa que no período de janeiro a junho de 2016, o ICMS baiano teve uma perda de quase R$ 440 milhões, se atualizado pelo IPCA.

Captura de tela inteira 22072016 094810

Esperamos que o desempenho da economia baiana responda positivamente às medidas que vem sendo implementadas, e até o final do ano possamos já ter recuperado às perdas em nossa arrecadação, o desafio é grande, sobretudo num cenário recessivo, declarou Sérgio Furquim.

Alguns setores puxam a reação

Segundo Furquim, no 3° bimestre de 2016 comparativamente a 2015, alguns setores tiveram uma melhora em seu desempenho o que pode apontar sinais de uma lenta recuperação do cenário econômico, dentre eles podemos destacar os setores de Petróleo (13,0%), Comercio Atacadista (33,0%), Ind. Bebidas (14,62%) e Industria Química (18,0%) com desempenho muito superior à média do bimestre (8,9%).

 Captura de tela inteira 22072016 094909

Margem de Contribuição dos setores no resultado

Dos 257 milhões arrecadados adicionalmente no bimestre de 2016 em relação ao bimestre de 2016, 84,7 milhões vieram do segmento petróleo (33%), 84,7 milhões do comércio atacadista (33%), 46 milhões da indústria química (18,0%) e 34 milhões da indústria de bebidas (14,6%).

Captura de tela inteira 22072016 094949

Captura de tela inteira 22072016 095006


Os comentários estão fechados.