Duas vocalistas transexuais dão voz à banda As Bahias e a Cozinha Mineira, grupo paulista que traz em suas canções a defesa da diversidade. No Mosaico Baiano de sábado (27), a repórter Renata Menezes bateu um papo com as cantoras Assucena Assucena e Raquel Virgínia e com o músico Rafael Acerbi, para falar sobre o novo disco da banda, “Mulher”. Raquel conta que a banda mostra à sociedade que os transexuais também têm talentos. “Muitas pessoas acham que as mulheres trans necessariamente têm que estar nos espaços sexualizantes de prostituição e de exclusão. Nós também queremos dignidade, também temos condições de desenvolver linguagem, de trazer nossos talentos. Existem muitos trans talentosíssimos”, diz. A ideia de criar o grupo musical surgiu em 2011, quando o trio se conheceu na Faculdade de História da Universidade de São Paulo. “A gente começou uma amizade muito intensa, em relação a ideias políticas e ideias de música”, diz Rafael. As Bahias e a Cozinha Mineira foi lançada no ano seguinte, em 2012. O nome foi escolhido pelas origens do trio: Assucena é baiana, de Vitória da Conquista; Rafael é mineiro; e Raquel é paulistana, mas passou alguns anos em Salvador, cantando em trios de axé. Quando voltou para São Paulo, ganhou o mesmo apelido que Assucena: Bahia. Reveja a matéria completa.
Musicalidade: cantoras trans formam banda paulista e defendem a diversidade; uma artista é de Conquista
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