Jorge Maia: Notícia de uma crise

Foto: BLOG DO ANDERSON
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Béocia, 30 de fevereiro de um ano qualquer.

Prezado Jorge Maia, compreendo um pouco a sua indiferença em não responder às nossas cartas e nem dar atenção aos seus amigos da Beócia. O pessoal reclama, mas entendo. Penso no sofrimento do povo brasileiro. Nesses últimos anos todos pensavam que tudo estava bem. Afinal, a economia flutuava suavemente e ninguém esperava que um dia pudesse acontecer fato tão marcante e que desestabilizasse o país dessa forma. >>>>>

Todos os dias era uma felicidade para vocês acompanhar o noticiário da TV e verificar que o sonho era realidade e embevecidos dormiam com os anjos, pois a felicidade estava confirmada em cada gesto em cada olhar. A crise internacional? Ora, não era motivo de preocupação, pois afinados como estavam os fatos não havia motivo para preocupação.

O que ocorreu foi tão abrupto que não deu tempo para pensar. Quem primeiro reagiu foi o Banco Central mantendo as altas taxas de juros e que o COPON se recusa a baixar, afirmando que por questão de segurança da economia e combate a inflação não reduzirão tão cedo áqueas taxas. Embora não seja economista, arrisco dar um palpite: acho que vocês estão exagerando, não deveriam dar uma importância tão grande ao fato.

Para quem é de outro país não é fácil entender tudo isso, sei que é cultural. É preciso ter vivência com os fatos, compreender a alma do povo e ter empatias com os acontecimentos para então opinar com mais segurança. Realmente não é fácil opinar sobre essas coisas. Sei que tudo voltará ao normal. É um momento difícil, mas nada que o tempo não resolva. Tenham fé.

Será que eles não pensaram na imagem construída nestes anos todos? Alimentando esperanças e que a felicidade seria eterna? Era o que demonstravam. Não se preocuparam com os milhões de apoiadores e de modo brusco puseram fim a tantas esperanças.

Quero prestar a minha solidariedade a todos os brasileiro, para que eles mantenham acesa a chama da esperança de que tudo voltará ao normal e que eles estão certos em seus lamentos: Wiliam Bonner e Fátima Bernardes não podiam dar esta tristeza ao povo brasileiro. Vocês ainda têm Tarcisio Meira e Gloria Menezes, Luciano Huck e Angélica que alimentarão os seus sonhos de povo  bom e feliz.  Um abraço, destas suaves terras da Beócia.030916

 


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