O carpinteiro de 31 anos Antônio Marcos Vicente procura novo lar para uma cadela “vira-lata” e os seis filhotes dela que nasceram na obra onde ele trabalha em Brumado. A nova mamãe, apelidada de “Negona”, frequentava o local e pariu os novos cãezinhos há cerca de 15 dias. Sem condições de criar os animais, o carpinteiro faz um apelo para encontrar quem aceite cuidar dos bichos. “A gente fica triste e dá pena. Brumado é uma cidade pequena e tem muito animal na rua”, lamenta o carpinteiro. A obra em que ele trabalha é a construção do presídio da cidade. O carpinteiro diz que outros cachorros costumam frequentar a obra e eram alimentados pelos operários, com a comida que os próprios trabalhadores recebem. Leia a reportagem do G1.
Na obra, chegaram a trabalhar cerca de 200 operários e agora trabalham aproximadamente 20 pessoas, de acordo com Antônio Marcos. O carpinteiro costuma levar comida e água, mas diz que não tem condições de abrigar os animais na casa dele e está preocupado porque a construção está perto de ser concluída.
“Eu gosto muito de cachorro. Eu só quero o bem dos cachorrinhos. Só não levo para casa porque não tenho quintal e já tenho um cachorro e um gato”, afirma.
Depois do parto dos filhotes, a cadela cavou uma espécie de caverna para abrigar os animais. Além da mamãe, são três machos e três fêmeas, todos de pêlo negro. Os animais estão disponíveis para serem adotados no endereço do canteiro de obras do presídio ou por meio do telefone (77) 9 9813-4588. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a obra da unidade prisional em Brumado está 95% concluída. A previsão é de que a construção seja concluída nos próximos 30 dias.