“A cultura da pura retórica da conveniência: A escolha do caminho mais fácil no fluxo da correnteza”
Eduardo Moraes | Bancário e Ativista Social | [email protected]
Essa atual diretoria do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região nada tem a lamentar ou fazer mea culpa sobre os efeitos nocivos das medidas adotadas pelo atual governo contra os trabalhadores e povo brasileiro. Pois todas essas desgraças – PEC 241, entrega do pré-sal, privatizações, desmonte dos bancos públicos, reforma trabalhista e previdenciária – foram AMPLAMENTE e ANTECIPADAMENTE defendidas de forma efusiva no processo eleitoral da entidade e por quase todo esse mandato. >>>>>
A Diretoria do Sindicato dissimulou, mentiu, demonizou a política, fez coro por meio dos canais institucionais de comunicação do achaque da grande mídia, da direita e ultradireita, contra os trabalhadores, centrais sindicais, partidos progressistas e o governo anterior. Governo legítimo, que mesmo sobre forte pressão dos mercados, procurou preservar os interesses e direitos da classe trabalhadora e dos mais pobres. Entretanto, a retórica vazia da atual diretoria buscou incutir – no permanente debate de luta da categoria – que tudo defendido pela diretoria anterior era bobagem ou dispensável de reflexão, já que meia dúzia de diretores em um universo de 36 tinham claramente uma opção de política partidária e em sua trajetória primou por uma gestão ética, transparente, plural e independente.
Neste debate político conjuntural que busca prevalecer o total desmonte – comandado por esse governo ilegítimo – do Estado de Direito, anunciado e inicialmente apoiado claramente pela atual diretoria do sindicato, que não poupou recursos, energia, não em fazer críticas pontuais, mas sim, em bater sem piedade, reproduzindo o tempo todo os ataques desferidos pela revista Veja, Folha de São Paulo, Estadão, Globo…, supostamente com o intuito de combater, seletivamente, corruptos e corruptores.
Claro que a principal meta das elites dominantes era encerrar a possibilidade de continuidade a uma outra alternativa possível de sociedade democrática e cidadã ou experiência política popular.
A busca por mais direitos, melhores condições de trabalho e qualidade de vida, independentemente de ideologia, escolha religiosa, orientação sexual, convicção ou definição política partidária – passam obrigatoriamente por um requisito – A COERÊNCIA! Ter claro de que lado uma entidade sindical classista deve se posicionar, não negar a política como o caminho possível para a conquista de uma sociedade menos desigual ou mascarar as suas origens e princípios. Como é possível confiar ou acreditar em pseudas lideranças dirigentes de um sindicato filiado a uma Central Sindical – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB e Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe – FEEB BA/SE, negar e renegar princípios e valores de classe defendidos por estas instituições? Percebe-se claramente o quanto soa falso a tentativa da atual diretoria do sindicato, em agora tardiamente, procurar convencer a categoria que a greve fracassada, o acordo rebaixado válido por dois anos e os desdobramentos da frágil e confusa campanha salarial, tudo é consequência de “um governo ilegítimo do presidente Temer e uma conjuntura desfavorável”!
Neste momento é essencial e indispensável a reflexão do presente e também sem um norte político – instituído no dia a dia por essa diretoria – vai agora aceitar ou atender ao chamado para resistir? Essa diretoria NÃO possui LEGITIMIDADE MORAL para conduzir a categoria a superar o revés ora sofrido, se passou praticamente todo o mandato fazendo loas aos sedentos abutres piratas que agora transformam o presente e o futuro dos trabalhadores brasileiros em uma Nau sem direção rumo ao precipício da insegurança e da incerteza!
Eduardo Moraes
Bancário e ativista social
2 Respostas para “Eduardo Moraes: Lamentável e de indispensável reflexão!”
Diana
Seu texto usa muitas palavras convincentes, pena que seja completamente equivocado. Mostra seu completo desconhecimento da luta deste sindicato.
Joaquim Spinola
Caro Eduardo, quando você governo Temer é ilegítimo descordo com você, pois Temer foi eleito junto com Dilma sendo que dos 54 milhões de votos não foi só do pt como também do PMDB. Você considera o governo Dilma legítimo , mais um governo legítimo eleito pelo povo não tem direito de roubar e quebrar o país como o pt e coligados fizeram. Você sabe que apesar das medidas antipopulares que Temer vem tomando, são necessária, como reforma da previdência e trabalhistas para que no futura você tenha garantido sua aposentadoria pois caso contrario não haverá dinheiro para pagar os benefícios, a reforma trabalhista também e necessário pois temos uma legislação de 1950. O desmonte dos Bancos Públicos foram causado pelo governo que você apoia uma vez que quebraram eles, com BNDS, CAIXA, . A Petrobrás que era uma das maiores empresas do mundo seu governo populista também quebrou. O Governo Temer começou agora o seu ficou 20 anos, se o país esta quebrado a culpa e de vocês apoiadores deste governo que limpou os cofres públicos com seu querido ex-presidente Lula já enquadrado em 5 inquéritos como réu, e tem um monte de indiciamento ainda por vire vocês acham que aquele bandido é inocente. Vale lembrar que a maioria destes sindicatos que dizem representar as categorias a alta cúpula toda estava empregado no governo Lula e Dilma recebendo alto salários, e é por isto que não foi feita nenhuma greve geral nesta país. Lembre-se o Governo Lula e Dilma foi uma catástrofe.