Domício Campos: Pois foi… Fui assaltado às cinco da manhã

Domício Campos | Artista Plástico, Promoter | [email protected]

Havia chegado em casa, uma amiga me trouxe e me deixou no portão , resolvi comprar um pastel na feirinha do Alto Marom e no caminho, a 50 mts da feira, fui abordado por três elementos, um baixinho branco e dois magros e altos que ficaram atras de mim; o baixinho me encarou de frente e eu, vendo que ele não estava armado, resolvi fugir, afinal estava a poucos metros da barraca de pastel e já haviam várias pessoas por ali, na fuga levei uma rasteira e cai, destroncando o ombro esquerdo e batendo a lateral do rosto no asfalto, rompi o supercílio e enquanto me banhava de sangue e gritava por socorro os fdp enfiavam as mãos nos meus bolsos, me surrupiando carteira e celular. Fugiram. >>>>>>

Ninguem me ajudou. As pessoas me viram caído e gemendo devido a dor do deslocamento do ombro, mas ninguém me ajudou, nem mesmo a levantar, tentei estão e com grande dificuldade, consegui e fui para casa, na mesma rua, fui socorrido e logo minha vizinha e seu filho vieram me acudir. chamamos o SAMUR, certamente foi um erro, deveria ter chamado a POLÍCIA, enfim… Logo meu irmao tambem chegou e fui socorrido; havia perdido todos os documentos e fui levado para a uma UPA nova, la, tive a atenção de uma enfermeira meiga e prestativa e o desprezo de uma jovem medica de cabelos compridos,alta, branca, bonita e seca, que nao me olhava nos olhos, perguntei seu nome e ela respondeu: porque o senhor quer saber? Respondi que era para agradecer. Ela se virou e sumiu, me encaminhando para um enfermeiro que me socorreu com presteza, encaminhando ao raio x, onde fui muito bem atendido, logo depois, outro médico , esse sim, digno e prestativo, colocou meu ombro no lugar depois de uns berros que eu dei… dor insuportavel…! me restaurou e me liberou. Não me lembro seu nome, era um homem claro, de cabelos escuro, cacheado, acho, por volta dos 40 anos. Sai dali imaginando, que tipo de gente está a nossa volta, uns para nos roubar, outros para ignorar ou destratar mas felizmente vários para acolher e ajudar. Por fim, já estou me recuperando, o braco dói ainda, o rosto inchou e fiquei bem feinho… na memória somente a cara do bandido, sorrindo na abordagem e a beleza morta de uma medica, incapaz de um sorriso, de um gesto de conforto. Doeu mais o destrato da moça, mesmo assim tenho que agradece-la, muito obrigado doutora.