O aumento de salário para os cargos de prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores de Guanambi, na Sudoeste Baiano, foi aprovado em agosto deste ano. Os reajustes, que variam de 18% a 25%, não agradaram a população. Na segunda-feira (14), uma reunião aconteceu na Câmara de Vereadores para discutir uma recomendação do Ministério Público, que sugeriu que as leis sejam revogadas. As leis permitem que os salários do executivo e legislativo municipal sofram reajustes. Nesse caso, vereadores, que recebem em média R$ 8 mil, passariam a ganhar R$ 10 mil. A remuneração do vice-prefeito e dos secretários passaria de R$ 10 mil para R$ 12,5 mil. Já o prefeito, que tem salário de aproximadamente R$ 20 mil, receberia R$ 25 mil a partir do próximo mandato.
Os 15 vereadores do município haviam votado a favor do aumento salarial e os projetos foram encaminhados para a prefeitura, mas como o prefeito não sancionou, nem vetou os projetos no prazo inicial de 15 dias, ele voltou para a Câmara de Vereadores. Lá o projeto foi sancionado pelo vice-presidente Vandilson Medeiros, e publicado no Diário Oficial do Município. Como nenhuma decisão sobre a revogação das leis foi tomada após a reunião de segunda-feira, um novo encontro foi marcado para a próxima segunda-feira (22). Enquanto aguarda um posicionamento definitivo, a população questiona os reajustes. “O trabalhador, o servidor público, tem por ano um aumento de 5%, ou 4%, por que o vereador teria que ter um aumento de 25%?”, indagou a vendedora Taís Morais.